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Marketing

E-consumidores de moda valorizam experiência no PDV

Apesar da preferência por e-commerce, internautas ouvidos na pesquisa Fashion Trends, do Google, apontam que tocar e experimentar ainda faz diferença para a categoria


28 de março de 2019 - 6h00

Papel da loja física começa a ser definido com foco em experiência (Crédito: Reprodução)

O equilíbrio de preferência entre loja digital e física para consumidores de moda é cada vez mais notável no hábito de compra. Na 10ª edição da pesquisa Fashion Trends, respondida por 1 mil internautas, o Google identificou que 39% deles compraram moda pela web em 2018 e 47% dos que já compraram pela internet, afirmaram que isso reduziu a frequência com que vão a loja. De acordo com o estudo, o formato “pure player” segue sendo o principal canal para compras online. A Dafiti lidera o ranking com 35% da preferência dos brasileiros seguida por Renner, Zattini e C&A, todas com 15%, Riachuelo, 14% e Amaro, 3%.

“Os pure players tem suas marcas mais mencionadas dentre os compradores de moda, pois foram os pioneiros nas vendas dessa categoria no e-commerce o que lhes garantiu uma lembrança de marca no digital mais alta nos últimos anos”, explica Carol Rocha, head of industry for fashion retailers and marketplace do Google. Para as lojas, a grande oportunidade ainda está na experiência com os produtos. Do montante, 33% dos entrevistados apontam que gostam da loja física para tocar e provar ante 20% que preferem ir na loja física quando possuem tempo. Uma das conclusões da pesquisa é de que o omnichannel segue sendo importante já que 28% valorizam marcas que possuem loja física.

Carol Rocha (Crédito: Divulgação)

De acordo com Carol, as dez edições do estudo Fashion Trends permitiram acumular aprendizados sobre hábitos de compra e a jornada do comprador de moda. “Identificamos diferenças entre gêneros, gerações e mesmo quando comparamos categorias. Há compras altamente impulsivas, outras envolvem muita comparação de preço, assim como temos compradores que gostam de se inspirar e ver muitas tendências enquanto outros querem fazê-la da maneira mais objetiva possível. Com essa diversidade de gostos e ocasiões, quanto menos atrito no processo de compra e quanto mais formas de atender o cliente estiverem disponíveis, maior a chance de fidelizá-lo”, comenta.

“Em resumo, o digital não deve ser visto como um canal de vendas que compete com a loja, mas sim como um meio de informação, comparação e até mesmo de geração de fluxo para o mundo físico. Muitas marcas já comprovaram que esses meios se complementam. Informações sobre localização de lojas, horário de funcionamento, disponibilidade de estoque e como chegar ilustram bem essa complementaridade. Como exemplo de estratégia integrada entre canais, marcas como Centauro já oferecem desconto no site para o cliente que compraram em loja e vice-versa”, diz Carol.

Questionada sobre o papel de tecnologias de imersão no comportamento do consumidor, Carol explica que são ferramentas interessantes para alavancar as vendas dos varejistas de moda. “Não somente na categoria de moda, mas no varejo em geral, aspectos como produto/preço estão cada vez mais comoditizados. Nesse cenário, o nível de serviço entregue para o consumidor é uma ferramenta para potencializar as vendas, o que inclui desde uma logística mais rápida, meios de pagamentos mais eficientes e até tecnologias embarcadas como VR e AR”, afirma.

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