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Importacao de roupas cresce

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Importacao de roupas cresce

A indústria reivindica desoneração e mudanças tributárias para frear o avanço dos chineses, enquanto o varejo teme aumento dos preços


28 de abril de 2012 - 8h30

A importação de roupas cresceu 72,5% nos dois primeiros meses de 2011, para US$ 462 milhões, um recorde do setor, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento publicados na edição dessa quarta-feira, 28, pelo jornal Folha de S. Paulo. A valorização do real, o peso da carga tributária e o alto custo da mão de obra brasileira são os principais fatores que explicam a elevação, favorecida pelas peças vindas da China. Para reduzir o ritmo das importações, a indústria vai reivindicar junto ao governo a desoneração da folha de pagamento, além de mudanças no regime de tributação.

Mas os varejistas lembram que o percentual dos importados no consumo dos brasileiros é de apenas 9,3% e temem que possíveis alterações tributárias provoquem apenas um aumento nos preços. A própria indústria brasileira de confecção tem recorrido às importações para tentar acompanhar a velocidade de crescimento do varejo, considerando especialmente o aumento do poder de compra do brasileiro nos últimos anos. Especialistas do setor alertam inclusive para um colapso de insumos, caso não haja planejamento estratégico.

Estimativas da Abvtex (Associação Brasileira do Varejo Têxtil) apontam que, juntos, os fabricantes nacionais acumularam 73,5% das importações em 2010, o equivalente a US$ 3,72 bilhões. Já os confeccionados representam apenas 26,36% do total das importações, o que corresponde a US$ 1,36 bilhão. Ainda assim, falta escala de produção, qualidade de produto e inovação na matéria-prima.

A entidade alerta para a importância de se evitar a adoção de barreiras às importações, medidas que, ao invés de proteger a indústria nacional, poderiam provocar um impacto negativo em toda a cadeia têxtil, já que as importações é estão sustentando o abastecimento do varejo têxtil nacional, um mercado que movimenta cerca de R$ 130 bilhões ao ano. A cifra coloca o Brasil na lista dos maiores mercados do mundo, ao lado da China, Índia e Rússia.

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