Isolados, consumidores experimentam novas marcas
Pesquisa da Dunnhumby aponta que consumidores mudam por preço e busca por experiências novas em meio à crise econômica
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Salvador Strano
4 de agosto de 2020 - 9h08
Parte da população brasileira está em isolamento social desde meados de março. Como reflexo disso, e da crise econômica causada pelo novo coronavírus, 44% dos brasileiros experimentaram novas marcas desde que o início da quarentena, segundo um estudo da Dunnhumby.
As principais causas para a mudança são voltadas à precificação dos produtos: 55% dos consumidores afirmam que mudaram por conta de uma promoção e 44% afirmam que buscou marcas mais baratas no período. Também com uma taxa de 44%, consumidores afirmam que trocaram de marca porque buscaram experimentar novos produtos; 34% afirmaram, inclusive, gostar de experimentar novas marcas e 22% afirmaram que só trocaram de marca após não encontrar o produto que procurava – a soma das perguntas não é 100% porque foi possível assinalar mais de uma opção.
“Caso a marca experimentada ofereça ao consumidor uma melhor equação de valor, ele não deve retornar a marca antiga. Ainda mais considerando que o cenário pós pandemia vem com uma recessão econômica”, afirma Flavia Villani, head da Dunnhumby Brasil.A pesquisa ouviu mais de 1.100 brasileiros em todas as regiões do País por meio de um questionário online no dia 25 de junho. Segundo o estudo, 58% dos brasileiros ouvidos modificaram o seu comportamento de compra em até 12 categorias, seja aumentando o volume comprado, diminuindo ou, também, trocando a marca escolhida. A que mais sofreu alterações foi a de alimentos básicos, chegando a 28% das pessoas comprando novas marcas pela primeira vez.
Outro dado da pesquisa aponta para o crescente consumo “econômico extravagante”, onde consumidores economizam em uma categoria para, ao mesmo tempo, adotar marcas premium em outros. Com a pandemia, foi possível perceber esse cenário no aumento na compra de produtos mais caros em categorias como cervejas, chocolates e guloseimas.
“O comportamento econômico extravagante independe da classe social. Isso se deve aos interesses do consumidor e ao valor que dá as diferentes categorias”, explica Villani.
**Crédito da imagem no topo: Scott Warman/Unsplash
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