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Lições do caso Maurício Souza para marcas e clubes

Patrocinadores e clubes têm papel importante para tornar o ambiente esportivo mais acolhedor para a comunidade LGBTQIA+


28 de outubro de 2021 - 18h47

Novo Superman, filho de Clark Kent, assume ser bissexual em quadrinho da DC Comics (crédito: reprodução)

O caso envolvendo o jogador de vôlei Maurício Souza gerou grande repercussão e debates sobre a homofobia no meio esportivo. O ex-atleta do Minas Tênis e da seleção brasileira fez uma postagem de cunho preconceituoso em seu Instagram, comentando o anúncio no qual a DC Comics revelava que na HQ Superman: Son of Kal-El o novo Super-Homem, filho de Clark Kent, assume ser bissexual e beija seu amigo. A ação do jogador levou a Fiat e a Gerdau, patrocinadores do clube, a se posicionarem pedindo medidas cabíveis. Maurício, que inicialmente foi afastado do time, teve seu contrato encerrado na quarta-feira, 27.

Para Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports & Marketing, o case envolvendo Maurício deve ser analisado e estudado por empresas e marcas, que têm um papel fundamental para cobrar atitudes que tornem o ambiente esportivo mais acolhedor para as pessoas de diversas comunidades, inclusive LGBTQIA+. “O vôlei é o segundo esporte brasileiro e o atleta tem sua visibilidade. Essa história tem muitos elementos. As pessoas têm que ter consciência da gravidade, já que homofobia é crime”, avalia. Por isso, é importante que os posicionamentos sejam firmes e rápidos, para não gerar dúvidas sobre o que a marca pensa verdadeiramente.

Tratando de casos de inclusão, recentemente a Amstel, patrocinadora da Copa Conmebol Libertadores, lançou o filme “Chute Certeiro”, que fala sobre os tipos de preconceitos ainda vigentes entre as torcidas de futebol, além de anunciar o apoio às iniciativas JogaMiga e Ligay. Fábio reforça que é obrigação das marcas se posicionar. “É isso o que as pessoas buscam nas marcas que elas consomem: um posicionamento a respeito de assuntos importantes como esses”, comenta, reforçando que essa deve ser uma iniciativa orgânica e consciente, que retrate um posicionamento verdadeiro.

No entanto, para que haja coerência ao tratar desses assuntos, os clubes e times não devem ficar de fora das discussões. Também é papel deles ajudar na educação de seus torcedores e atletas. Bahia, Vasco da Gama e Santos são alguns exemplos de clubes de futebol que fazem, com frequência, ações que envolvem a temática e combatem o preconceito e a homofobia no futebol. Fora dos ginásios, as torcidas já falam sobre isso, como é o caso dos coletivos Fiel LGBT e Porcoíris que lutam contra o preconceito que ainda ronda o esporte.

German Cano, jogador do Vasco, com a bandeira LGBT (Crédito: Rafael Ribeiro/Vasco)

O esporte é visto como uma plataforma que traz grande repercussão para assuntos importantes. As marcas associadas a modalidades esportivas são bem-vistas entre os consumidores e devem ser agregadoras e transparentes. “A lição que fica é que as marcas tem que se posicionar rapidamente”, opina Fábio.

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