Após perdas, Yahoo anuncia reestruturação
Companhia teve prejuízo de US$ 4,43 bilhões no último trimestre e cortará 15% de seu quadro de funcionários
Companhia teve prejuízo de US$ 4,43 bilhões no último trimestre e cortará 15% de seu quadro de funcionários
Luiz Gustavo Pacete
3 de fevereiro de 2016 - 1h41
A crise vivida pelo Yahoo se acentuou nesta terça-feira, 2, com a divulgação do balanço referente ao quarto trimestre de 2015, cujas perdas foram de US$ 4,43 bilhões.
Com isso, a empresa anunciou que vai cortar 15% de seus funcionários e fechar escritórios em Dubai, Cidade do México, Buenos Aires, Madri e Milão. O resultado foi puxado pelo mau desempenho nos mercados dos Estados Unidos, Canadá e América Latina.
A receita da empresa no período outubro-novembro caiu 15% para US$ 1 bilhão, ante US$ 1,18 bilhão no mesmo período de 2014.
A empresa também afirmou que busca alternativas de simplificar seu portfólio e explorar a venda de ativos não estratégicos. Desde o ano passado, a dificuldade em reverter o cenário financeiro afeta a credibilidade de Marissa Mayer, CEO do Yahoo, com os colaboradores e o mercado.
Desde novembro, Jeff Smith, CEO do fundo Starboard Value, dono de 0,8% das ações do Yahoo, encabeça um movimento entre investidores que defende a separação dos negócios de marketing digital e internet.
Além disso, Marissa se indispôs com o mercado quando manteve os planos de vender a participação do Yahoo no chinês Alibaba, avaliada em US$ 31 bilhões, decisão revogada em dezembro do ano passado por burocracias fiscais.
O Yahoo no Brasil
No fim do ano passado, André Izay, presidente do Yahoo Brasil contou ao Meio & Mensagem as estratégias da empresa para o País. Os cortes e ajustes anunciados nesta terça-feira não afetam a atuação regional.
Meio & Mensagem — Nos últimos três anos, o Yahoo comprou dezenas de empresas e vive um impasse de se desfazer de sua divisão de internet. No que se tornou a empresa?
André Izay – Mais do que uma empresa de buscas, conteúdo e provedor de serviços de e-mail, somos um player de marketing digital. Nossa estrutura se baseia em quatro pilares: mobile, native, social e vídeo.
M&M — Está claro para o mercado esse novo perfil?
Izay – Desde o ano passado, quando integramos produtos e serviços incluindo as aquisições como Flurry e BrightRoll, ampliamos visitas e conversas com agências e anunciantes. O objetivo é estar entre os três principais fornecedores dos anunciantes.
M&M — A estrutura vertical do Yahoo e denota certa falta de agilidade. Isso não pode ser um entrave, tendo em vista a quantidade de empresas de programmatic menores e de operação enxuta no Brasil?
Izay – Essa ideia de empresa estrangeira engessada, de um contato mais frio, não se aplica ao Yahoo. Pelo contrário, temos um jeito muito brasileiro de fazer negócios e de dialogar rapidamente com os players.
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