Celso Athayde lança rede social para negras e negros
CEO da Favela Holding quer promover interações, trocas de conteúdo e juntar movimentos negros que estão espalhados na internet
Celso Athayde lança rede social para negras e negros
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Renato Rogenski
21 de julho de 2020 - 13h51
Uma rede social para promover maior interação entre negras e negras, com debates, discussões, opiniões e troca de conteúdos sobre empreendedorismo, empregabilidade, beleza, religião, política, cultura, lazer, saúde e outros temas. Essa é a definição para a Black & Black, criada pelo CEO da Favela Holding, Celso Athayde.
Apesar de ainda estar em versão beta, a plataforma já tem algumas personalidades como usuários, incluindo o ator Lázaro Ramos, o também ator e cantor Sergio Loroza, o rapper MV Bill, a colunista Flávia Oliveira e o humorista Hélio de La Peña. “É uma rede social que sincroniza culturas, interesses e não tem ódio. É um movimento de positividade. Há um potencial expressivo de pessoas e empresas que querem falar com esse público. Agora eles podem falar com uma rede inteira, de uma só vez”, explica Celso Athayde.
Faz parte do objetivo do projeto juntar diversos movimentos negros que acontecem no Brasil e no mundo e que estão separados na internet, como bailes blacks, beleza negra e religiões afro, por exemplo. Athayde diz trabalhar e investir na Black & Black há quatro anos, que ele classifica também como uma corrente global, cujos membros serão chamados de “Elo”. Apesar de ser voltada para o público e para a cultura preta, o CEO da Favela Holding acrescenta que nada impede que não negros e brancos sejam um dos Elos.
O lançamento oficial da rede social deve acontecer nesta semana, e a versão final da plataforma tem como previsão a data de setembro. A tecnologia é desenvolvida pela Cativa Digital os testes começaram em 2018. A interface tem uma mescla de funcionalidades encontradas em outras redes sociais, mas seu benchmark para a criação da ferramenta de nicho é a própria vivência de seu criador. Por enquanto, o menu do site conta com feed, perfil e opções de conexão com novos e velhos amigos, além de tags de discussão para assuntos como empreendedorismo afro, política e entretenimento.
O aplicativo da rede social já está disponível para dispositivos Android e até o final do mês deve ser lançado para o iOS também. Nos próximos meses, a plataforma ainda deve ganhar notificações de push, compartilhamento em outras redes sociais, marcação de usuários e criação de grupos e enquetes. “É um projeto que já está conectado com as coisas que faço no dia a dia”, ressalta Celso, que também é o fundador da Central Única de Favelas (Cufa), já trabalha em seu dia a dia.
Crédito da imagem de topo: Mariana Mikhailova-iStock
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