Perfis de celebridades e influencers crescem 17%
Estudo produzido pela FAAP em parceria com a Socialbakers aponta avanço no número de seguidores de famosos e influenciadores, no primeiro trimestre de 2020
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Taís Farias
7 de maio de 2020 - 6h00
A quarentena imposta pela pandemia do novo coronavírus impulsionou o desempenho dos perfis de celebridades no Instagram, segundo estudo produzido pela Faculdade Armando Alvares Penteado (FAAP) em parceria com a plataforma Socialbakers. Os dados do estudo mostram que famosos e influenciadores tiveram uma média de crescimento de 17,3% em seu número de seguidores nesse primeiro trimestre do ano.
O relatório mede comportamento das cem marcas e celebridades brasileiras com mais interações no Facebook e Instagram. De janeiro a março, o número médio de seguidores de famosos chegou a 13 milhões. No fim de 2019, a audiência marcava 11,7 milhões. Para Karina Bousso, uma das pesquisadoras da Faap envolvidas no projeto, o crescimento mostra um comportamento aspiracional por parte do público que procura por modelos de como lidar com o momento de crise.O papel dos influenciadores no contexto da pandemia, no entanto, tem sido bastante questionado desde que a produtora de conteúdo Gabriela Pugliesi promoveu – e registrou nas redes sociais – uma festa realizada em sua casa, na madrugada de 25 de abril. O caso gerou discussão e levou marcas como Liv Up, Hope e Desinchá a suspenderem contratos de trabalho com a modelo, que acabou excluindo seu perfil da rede social.
Impacto para as marcas
Para as empresas, o panorama não foi tão positivo no Instagram. No período, o volume médio de seguidores de marcas foi de 1.954.007 para 2.097.368, um crescimento de apenas 7,33%. A desaceleração pode ser causada pela mudança no comportamento de consumo – já que, com o isolamento social e o fechamento do comércio não essencial, os pontos de venda foram substituídos por canais digitais.
Reação às fake news
No Facebook, o estudo registrou uma queda no número médio de seguidores das páginas de todas as categorias analisadas. O segmento de Mídia/Notícias, por exemplo, viu sua média de fãs cair de 5,5 milhões para 3,4 milhões, na comparação com o último trimestre. A desaceleração interrompeu uma sequência de crescimento que vinha sendo registrada em 2019.
A categoria de Marcas e Institucional ilustra esse movimento. Ao longo do último ano, o segmento teve alta de 69%. Já nos últimos três meses, o registro foi de queda de 31%. Para os desenvolvedores da pesquisa, o cenário pode ser uma reação ao fluxo intenso de informações geradas pela cobertura da pandemia e também uma fuga às campanhas de desinformação e fake news que assolam as redes sociais.
*Crédito da foto no topo: Reprodução
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