Pyr Marcondes
19 de junho de 2019 - 8h20
A Inteligência Artificial, assim como todos os avançados recursos de tecnologia que nossa ciência tem colocado a nossa disposição nos últimos (e avançados) anos, têm um poder de transformação de nossas vidas inimaginável.
Seu uso para boas causas e propósitos do bem, socialmente engajados e humanitariamente orientados, permitem conquistas entusiasmantes em busca pela tão desejada – e, algumas vezes, aparentemente tão distantes – equidade e respeito sem preconceito.
Uma desses experimentos, digno não só de registro, como de enaltecimento indiscutível, é o Comment Hunter, da 99.
A empresa (nascida brasileira, hoje internacional) de aplicativo de mobilidade urbana desenvolveu, em parceria com Think Olga – ONG feminista criada em 2013 com o objetivo de empoderar mulheres por meio da informação – uma plataforma de AI que consegue identificar, com altíssimo grau de assertividade, ocorrências de assédio nos automóveis que operam seus serviços.
O índice de precisão atinge nada menos do que 80% e isso se dá por um processo de aprendizado da Inteligência Artificial, que precisa antes ser treinada para entender contextos (algo bastante complexos quando se fala em AI), tratar vieses inconscientes e buscar o melhor tratamento possível para cada caso.
Esses experimentos foram desenvolvidos no Brasil e podem ter rollout para as operações internacionais da Didi, maior companhia de transporte do mundo, empresa chinesa proprietária da 99.
Isso é Tech For Good.
Que venham logo as versões contra racismo e LGBTfobia.