Pyr Marcondes
28 de fevereiro de 2019 - 8h31
Aparentemente, foi um acidente. Mas temos sido enfáticos aqui que a ciência está fora do controle. Veja esta.
Controverso, já na largada, experimento genético chinês que dotaria crianças de imunidade biológica contra o virus do HIV, transferiu equivocadamente a elas genes que aumentariam sua capacidade de raciocínio.
Wow!
Brincando de Deus aqui, gente!
É o que deve estar acontecendo, pra valer, em vários laboratórios em todo o mundo, sem que tenhamos conhecimento. Dentre todas as revolucionárias transformações que a ciência contemporânea anda engendrando, muitas absolutamente maravilhosas, sem a menor dúvida, estão as no campo da pesquisa genética. E aí, os avanços são delicados e as fronteiras entre o que seria ou não ético fazer ficam bastante turvas.
Avanços genéticos que, em teoria, estariam a serviço da melhoria da vida no Planeta são bem-vindos, correto? Ocorre que fica bem difícil, em muitos casos nessa área, definir com clareza quando estamos confundindo código genético com programação humana. Entendida aqui programação humana como aquela do Hitler, por exemplo. Ou a do Hulk.
Sabemos que essas pesquisas estão em andamento quando vemos vazar, aqui e ali, na imprensa e nas redes sociais, indicadores de estudos que avançam vários sinais do bom senso e da ética, seja lá o que bom senso e ética forem no âmbito da transformação genética do ser humano.
Temos falado aqui com frequência sobre como a Inteligência Artificial vai nos transformar em robôs. Enquanto isso, a genética corre por fora para nos transformar em Stephen Hawkings de laboratório.
Tal poder transformador nas mãos de qualquer um, já é de apavorar. Nas mãos do Governo Chinês, fico mudo de como avaliar. E olha que, segundo a comunidade científica mundial e a mídia técnica do setor, a China é dos países mais avançados na pequisa e edição genética.
Um grande amigo meu, head de um grande fundo internacional de investimentos no Brasil, há dois anos, me contou de um experimento genético de balcão que fez, cujo kit comprou e recebeu pela internet, em que, sem saber nada de ciência, conseguiu colocar um pedaço de um inseto em outro. Eu, hein? Mas juro, verdade.
Estávamos discutindo os riscos da Inteligência Artificial quando ele me contou essa história, arrematando que, para ele, esse âmbito da pesquisa científica seria, esse sim, o grande a mais amedrontador risco.
Leia, por favor, esta matéria do MIT sobre o acidente genético chinês e tire você mesmo suas próprias conclusões.