Pyr Marcondes
4 de dezembro de 2019 - 7h48
O reinado do aparelho celular e das plataformas mobile com as conhecemos ainda será longo. E cheio de novas oportunidades que já estão surgindo. Trata-se de um aparelho e de um ambiente que mudaram nossas vidas. Você sabe. Imagine sua vida sem um celular. Não rola, né? Pois então, é isso.
Mas estão no forno do futuro algumas alternativas que poderão ser consideradas, dependendo da forma como se analisa o tema, como uma grande evolução ao celular.
Eu faço aqui minhas apostas, muito particulares e da minha cabeça, evidentemente, Veja o que acha.
Pyr
A Microsoft está apostando numa nova versão do seu Holo Lens.
Perdeu Microsoft.
A Samsung lançou uma nova versão do óculos para realidade virtual.
Perdeu Samsung.
Vou poupar as demais. Assim: esse caminho não é o caminho.
Todo e qualquer equipamento que promova a experiência de elevação da nossa percepção das realidades fluidas do mundo digital através desses aparelhos estúpidos, que parecem capacetes ou máscaras de mergulho com design pseudo-fahsion-digital-metido estão fadadas a um estrondoso fracasso.
A realidade virtual não estará colada ao nosso corpo, ela será nosso corpo. Capicce?!
Vou fazer uma concessão (não acostumem, por favor) para um momento de transição dessa bobagem dos óculos para dummies, para óculos. Óculos eu disse, de verdade, que usamos no dia a dia. Só que conectados e inteligentes.
E já vou acrescentando o próximo passo: lentes de contato conectadas.
Por partes.
Os óculos de transição poderão ter esta aparência.
O Presidente da Qualcomm, Cristiano Amon, declarou recentemente que acredita que essa seja a nova tendência. E que com a ampliação da penetração do 5G, esses modelitos se proliferarão.
Acho que ele tem um ponto. Sim, pode ser.
Mas não por muito tempo. Exatamente por conta da evolução desses mesmos devices e do 5G.
Em breve, você também perdeu, Mr.Qualcomm.
Acredito mais (faz uns anos) nisto aqui, ó.
Ou nisto aqui, ó.
Isso é um chip que vai ficar no nosso corpo, nos conectando com o mundo lá fora, e também permitindo que nossos órgãos sejam conectados pelo mundo externo, pela internet. Na nuvem.
Veja, acreditar não significa gostar. Acho tudo isso uma bosta. Mas é o que vai acontecer.
Para citar algo no brainer, cito a voz. Essa tá na mesa.
É a bola da vez. Sim, vamos falar com as coisas conectadas. Qualquer coisa conectada.
Hoje, temos as assistentes do voz, tipo Alexa (acima) e congêneres. Isso já está se consolidando. Vai ser uma espécie de mainstream por alguns anos. Válido. Ok, funciona (só não vale ouvir nossas conversas, mas isso é outro assunto, para outro momento). E vai estar nas nossas vidas por um bom tempo.
Paralelamente, veremos as coisas que vestimos se conectarem. Sim, wearables. Até agora mais uma promessa do que uma realidade. Mas veremos experimentos interessantes nos próximos anos rolando nesse campo.
O primeiro latifúndio do nosso corpo já está sendo ocupado: nosso pulso. O centímetro quadrado mais caro do real state digital do nosso corpinho no momento.
Mas iremos adiante: já em teste, nossas roupas.
Infelizmente, onde vemos o menor avanço é nas coisas conectadas que mudam a vida no Planeta para melhor.
Cito uma, bem pontual, mas louvável, do Facebook, que é um experimento para corrigir cérebros com sérias lesões. Com chips conectados, as lesões não são totalmente eliminadas, mas podem habilitar os pacientes a se comunicar com o mundo teclando textos apenas com estímulos cerebrais. Genial.
Esse modelo, diga-se, poderá evoluir para uma nova computação com input cerebral que poderá ser conectado com óculos, por exemplo. Permitindo, num sonho hoje ainda aparentemente distante, que essas pessoas, cegas, possam enxergar.
Aí sim, hein?
Depois do celular? O corpo humano como meio e mensagem.