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Após boicote de marcas a redes sociais, uma oportunidade histórica para o mercado

Os consumidores se expressam e demandam, os governos regulam e implementam leis para melhorar as experiências relacionadas ao consumo, e as marcas se alinham a solicitações e demandas.


1 de julho de 2020 - 9h33

 

 

A Publicidade brasileira por trás do #StopHateForProfit

Por Demian Falestchi, CEO da Kids Corp

Nos últimos dias, muito se tem escrito sobre a decisão da Coca Cola, Unilever, Diageo, PepsicoCo, Starbucks, Verizon, Adidas e The North Face, entre mais de 100 outras empresas, de restringir seus investimentos em determinadas redes sociais. Essa medida adotada por grandes anunciantes exige uma reflexão que vai além da punição do Facebook, Twitter e Instagram, convida a repensar como os consumidores influenciam cada vez mais as comunicações da marca e como as marcas agem de acordo.

Por trás da decisão de pausar os anúncios nessas plataformas, há uma mensagem firme das marcas que acompanham a sociedade em sua luta contra o ódio em geral, mas recentemente promovida pelo racismo e pelo período eleitoral.

Essa posição dos grandes anunciantes confirma a tendência de procurar contextos cada vez mais saudáveis ​​e seguros para se comunicar e se conectar com o público. O pedido vem dos próprios consumidores, que exigem que as marcas assumam um papel de liderança em questões delicadas, como o racismo. Por sua vez, as marcas ecoam essa demanda e agem de acordo.

O contexto atual (#StopHateForProfit) convida a nos perguntar o que acontece com as crianças e suas experiências ao se conectar à Internet no Brasil. Sem dúvida, esses problemas os colocam no centro da cena, sendo um dos segmentos mais vulneráveis ​​e afetados quando as comunicações não são confiáveis ​​e seguras. Tanto é assim que os regulamentos que protegem as crianças da publicidade e a nova Lei Geral de Proteção de Dados (que inclui uma seção especial voltada para a importância da proteção de crianças e adolescentes) mostram um grande progresso em relação à forma como as marcas você deve se conectar com eles. E, embora as empresas tenham começado a se conscientizar disso, mais conscientização ainda é necessária.

Podemos dizer que o Brasil está enfrentando um cenário otimista: embora a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais nº 13.709 / 2018 entre em vigor a partir de agosto de 2021, é um excelente momento para as marcas começarem a trabalhar em conformidade com o padrões de qualidade exigidos. Independentemente de ter que cumprir com a lei, alinhado com os regulamentos, permitirá que as empresas se posicionem como marcas responsáveis ​​perante a sociedade, a opinião pública e os consumidores.

De acordo com os regulamentos que protegem as crianças da publicidade, também vale destacar o papel do CONAR (Conselho Nacional de Autorregulação da Publicidade), uma organização encarregada de aplicar o Código de Autorregulação do Código Brasileiro de Publicidade desde o final da década de 1970.

Os preceitos básicos que definem a ética da publicidade, de acordo com o CONAR, são:

– Cada anúncio deve ser honesto e verdadeiro e respeitar as leis do país.

– Você deve estar preparado com o senso certo de responsabilidade social, evitando acentuar as diferenças sociais.

– Você deve levar em conta a responsabilidade da cadeia de produção em relação ao consumidor.

– Você deve respeitar o princípio da concorrência justa.

– Você deve respeitar a atividade de publicidade e não comprometer a confiança do público nos serviços fornecidos pela publicidade.

Os consumidores se expressam e demandam, os governos regulam e implementam leis para melhorar as experiências relacionadas ao consumo, e as marcas se alinham a solicitações e demandas.

Sem dúvida, é um momento propício para o desenvolvimento de uma nova era na publicidade brasileira, na qual as comunicações serão mais responsáveis ​​todos os dias.

(*) Demian Falestchi é CEO da Kids Corp

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