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Comunicação

ESGtech incentiva anunciantes em prol da reciclagem

A so+ma aposta na ciência comportamental aliada a dados para oferecer soluções às marcas e educar cidadãos


31 de março de 2023 - 10h10

Assim que as mudanças climáticas entraram na pauta das empresas, começaram a surgir no mercado as “greentechs”, “cleantechs” ou “climatechs”, startups que aliam a tecnologia ao combate da causa. Mas a so+ma, criada em 2015, prefere se posicionar como uma ESGtech, uma vez que utiliza da ciência comportamental aliada à tecnologia para promover a economia circular com foco no consumidor final.

ESGtech so+ma

Claudia Pires, fundadora e CEO da so+ma, ao lado do CMO, Alexandre Waclawovsky (Crédito: Arthur Nobre)

Hoje, a so+ma apresenta uma solução integrada e plataforma de programa de incentivo. Até o momento, já foram mais de 60 mil pessoas impactadas e convidadas a participar da jornada de reciclagem. A iniciativa conta como patrocinadores como Brasker, Cargill, iFood e Heineken. Além disso, conta com parceiros como Big, Sotero Ambiental e Assaí Atacadista.

“Eu quis trazer no nome da empresa algo que era a grande missão da so+ma: somar o impacto social com um impacto no meio ambiente. […] Ela nasceu com esse olhar entendendo que existe um desafio ambiental gigantesco e que não são excludentes. Eles podem, em uma solução, serem somados e terem uma integração par”, diz Claudia Pires, fundadora e CEO da empresa. Ela apostou no negócio como uma transição de carreira, após ter trabalhado na PepsiCo durante 13 anos.

Lixo como oportunidade

Um dos maiores vilões ao meio-ambiente, o lixo se tornou um problema que envolve pessoas físicas e jurídicas. Segundo a edição mais recente do Panorama dos Resíduos Sólidos do Brasil, realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), o País produziu 81,8 milhões de toneladas de lixo no ano passado. É alinhado a esse contexto que a ESGtech se inclui na conversa a partir de um problema de base, longe ainda das complexidades de temas hoje em alta, como a pegada de carbono.

O cerne dessa atuação parte de algo simples: a reciclagem. De acordo com a Abrelpe, o índice da prática no Brasil ainda é pequeno, de apenas 4%. O parâmetro é ainda mais grave quando comparado com países como Chile e África do Sul, que se equiparam em faixa de renda e grau de desenvolvimento econômico da nação brasileira, conforme mostram informações da International Solid Waste Association (ISWA).

Segundo a fundadora, uma atitude tão relevante como a reciclagem – que traz consciência sobre consumo e a repercussão ambiental disso – é capaz de gerar um impacto e oportunidades sociais fundamentais, inclusive economicamente. A ponte com o consumidor vem por meio do incentivo da prática, e por meio disso, proporcionar o acesso a produtos e serviços, capacitação, qualificação, entre outras recompensas – gerando uma possibilidade de renovação de vendas e engajamento.

Alexandre Waclawovsky, CMO da so+ma, afirma que o contato com os consumidores vem da proposta de continuar a conversa para além das gôndolas. “Tudo o que fazemos é combinando a ciência comportamental com a tecnologia. A marca ESG, da nossa governança, é trazer essa visibilidade de dados concretos, reais e personalizados”, explica. Ademais, a so+ma realiza todas as ações seguindo as diretrizes da Lei Geral de Proteção de Dados.

Entre as ações da empresa que se destacam está o trabalho realizado em Salvador. A capital baiana não contava com coleta seletiva e a ESGtech se encarregou da instalação de pontos de coleta em diversos bairros da cidade. Batizados de Casa So+ma, a iniciativa acontece em parceria com a Secretaria Municipal de Sustentabilidade e Resiliência e já está presente em mais de 10 locais. Assim, provando a missão de operar em prol também do social, os resíduos são encaminhados para as cooperativas que ficam em Salvador.

Já no âmbito das marcas, a empresa trabalhou, por exemplo, com ao lado da Nestlé, com Moça. No ano passado, no dia mundial do meio-ambiente, a parceria promoveu uma ativação a fim de trazer educação e sensibilização junto ao público. A ação fez parte do lançamento da nova variante de Leite Moça, com recorte voltado para o público C e D, transformando embalagens do produto em recompensas e pontos. O acúmulo da pontuação dava a possibilidade de fazer a troca por workshops.

ESG além da agenda

“Hoje o ESG está na pauta do CEO, então é preciso trazer um agente de mudança para dentro da empresa. Só que é preciso empoderar essa pessoa, para que ela assuma uma agenda”, declara Waclawovsky. Ele se refere ao movimento de corporações criando cargos específicos destinados a temáticas de sustentabilidade, governança e social. Já Claudia argumenta que, mesmo que já seja possível ver uma aceleração na integração de cargos do tipo como parte do pensamento do negócio, a maioria das corporações ainda encara esta conta como um custo, e não receita e oportunidade.

Ao mesmo tempo, há um alerta para que tais áreas voltadas para a agenda saiam da bolha para atuar em conjunto com demais departamentos. “Falta nas empresas a conexão entre o marketeiro, entre trade, comercial e o head de ESG”, adverte a CEO da ESGtech. “Esse head pode ser um grande apoiador para que a marca faça suas construções com propósito, sem greenwashing, trazendo suas causas e conectando-se com o consumidor”, complementa.

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