Fusão entre Omnicom e IPG passa por acordo antitruste
Comissão Federal de Comércio dos EUA emitiu uma ordem que impede a nova empresa de discriminar veículos de mídia com base em posicionamentos ideológicos
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Beatriz Polido
24 de junho de 2025 - 6h01
(Crédito: Reprodução)
Com informações do Ad Age
A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC) aprovou condicionalmente a aquisição do Interpublic Group of Cos. pelo Omnicom. A aprovação se deu a partir da aceitação de uma ordem de consentimento, que impede a nova empresa (resultante da fusão) de discriminar os veículos de mídia na destinação de verbas publicitárias com base em posicionamentos políticos ou ideológicos.
Anunciada nesta segunda-feira, 23, a ordem proposta “impõe restrições que impedem a Omnicom de se envolver em acordos indevidos ou coordenar ações para direcionar conteúdo para longe de veículos de mídia, com base em visões políticas ou ideológicas,” de acordo com a agência governamental.
A decisão surge a partir de investigações do Congresso por parte dos republicanos, sob alegações de que agências e anunciantes teriam conspirado para boicotar determinadas plataformas, incluindo o X.
A Aliança Global pela Mídia Responsável (GARM), que foi encerrada, havia implementado controles com objetivo de evitar anúncios próximos de conteúdos questionáveis. Os críticos alegaram que isso configura um comportamento anticompetitivo.
Os termos da ordem proposta pelo FTC incluem “uma série de precauções que eliminam a possibilidade de a Omnicom negar verbas publicitárias para veículos de mídia, exceto por orientação expressa e específica dos próprios clientes anunciantes da Omnicom.”
Em uma declaração, a Omnicom e IPG consideraram a ordem “mutualmemte aceitável.”
“Este é um passo importante em direção à aquisição proposta,” disse John Wren, presidente e CEO da Omnicom, na declaração. “Vamos continuar em busca de obter as aprovações regulatórias que faltam, além de concluir a transação na segunda metade deste ano, conforme esperado desde o início.”
A aquisição da IPG pela Omnicom criaria a maior agência do mundo, em questão de receita.
O FTC explicou que a ordem resolve a possível ameaça da compra de que a fusão se tornaria uma ameaça para consolida o mercado de compra de mídia nos EUA.
“A coordenação entre as agências para evitar investimentos publicitários em veículos com visões ideológicas desfavoráveis representa uma ameaça que distorce a competição entre agências publicitárias, bem como debate público,” explica Daniel Guarnera, diretor do departamento de concorrência da FTC.
O público têm 30 dias para enviar comentários sobre a proposta, segundo a FTC.
“O decreto se esforça para evitar interferir no curso livre e regular dos negócios entre as empresas de marketing e seus clientes,” afirma Andrew Ferguson, presidente da FTC. “A nova empresa pode escolher com quem faz negócios e seguir qualquer instrução legal de seus clientes sobre onde anunciar. Ninguém vai ter sua marca forçada a aparecer em locais que não deseja. O comportamento proibido se limita ao mal do antitruste – acordos entre empresas para criar listas de exclusão que incentivam anunciantes a se unirem a boicotes, coordenados por agências e terceiros.”
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