Regulador dos EUA investiga Media Matters por boicote e conluio
De acordo com o Federal Trade Comission (FTC), a organização está sendo investigada por conluio ilegal com anunciantes e outras organizações para boicotar o X, de Elon Musk
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Meio & Mensagem
26 de maio de 2025 - 11h07
Elon Musk e Media Matters estão em embates desde 2023, quando organização divulgou relatório sobre falta de segurança de marca no X (Crédito: Frederic Legrand COME/Shutterstock)
O Federal Trade Comission (FTC) está investigando a Media Matters for America, agência de mídia sem fins lucrativos que monitora e analisa conteúdos veiculados por meios de comunicação de direita nos Estados Unidos. A informação é da Reuters.
O órgão regulador norte-americano abriu um inquérito para apurar se a organização esteve em conluio ilegal com anunciantes e outros grupos de fiscalização, como a Global Alliance for Responsible Media (GARM), para boicotar o X, antigo Twitter, incentivando a suspensão de anúncios na plataforma desde que Elon Musk a adquiriu em 2022.
A Media Matters terá que enviar documentos e demais comprovações sobre os efeitos da falta de segurança de marca na rede social, decorrente de mudanças nas políticas de moderação de conteúdo. No final de 2023, a agência publicou um relatório que apontava que a publicidade de marcas como Apple, IBM, Disney, entre outras, estariam sendo veiculadas próximas a conteúdos de caráter nazista e antissemita no X.
Em dezembro, o novo presidente da FTC, Andrew Ferguson, havia destacado potenciais investigações do tipo ao citar outro caso da indústria, conforme aponta a Reuters. “Devemos processar qualquer conluio ilegal entre plataformas online e enfrentar boicotes de anunciantes que ameaçam a concorrência entre essas plataformas”, afirmou.
Já Angelo Carusone, presidente da Media Mattes, defendeu a criação da organização, em 2004, pelos mesmos propósitos. Ele acusa o governo Trump de “nomear figuras da mídia de direita para cargos importantes e abusar do poder do governo federal para intimidar oponentes políticos e silenciar críticos”.
À época da compra do então Twitter, em abril de 2022, mais de cerca de 200 anunciantes optaram por deixar a plataforma. Durante um evento do The New York Times, Elon Musk insultou as marcas e as provocou para que não anunciassem mais no X: “Vão se f****. É assim que me sinto sobre os anúncios”, disse.
Ainda em novembro de 2023, o bilionário abriu uma ação judicial contra a Media Matters, alegando manipulação do algoritmo do X para criar imagens de postagens de marcas ao lado de conteúdos prejudiciais a fim de “afastar os anunciantes da plataforma e destruir a X Corp”. No mês seguinte, o X estendeu as ações com processos adicionais na Irlanda e em Singapura.
Uma reportagem do The New York Times indicou que o X perdeu mais da metade (52%) de sua receita publicitária em 2023, com ganhos totais caindo para US$ 1,13 bilhão.
Quase dois anos depois, em março deste ano, a Media Matters processou o X por quebra de contrato, alegando que os processos deveriam ser registrados em São Francisco, nos EUA, em vez de outros países, em um movimento que classificou como “uma campanha de turismo de difamação motivada por vingança”. A agência aponta que a ofensiva de Musk a custou milhões de dólares e demissões de funcionários.
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