Mesmo com menos inscrições, Cannes Lions cresce 7%

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25 de julho de 2017 - 16h44

Cannes obteve crescimento orgânico de 7% em 2017, aponta Ascential (Crédito: Divulgação)

Apesar da queda no número de participantes e nas inscrições de prêmios, o Cannes Lions cresceu 7% neste ano, com uma receita orgânica de US$ 82,05 milhões. Segundo balanço divulgado pela Ascential, controladora do festival, a redução na quantidade de agências na última edição foi compensada por novos participantes, como empresas de tecnologia e plataformas de mídia, assim como o aumento de pacotes premium e serviços específicos.

De acordo com o relatório, a receita do evento vem das inscrições dos participantes (42%), peças concorrentes (41%), patrocínios e serviços digitais (15%) e comissões por reservas em hotéis (2%). Em 2017, o festival atraiu 10 mil participantes e 40 mil inscrições de trabalhos. A área de patrocínios e serviços digitais teve alta de 24%, a despeito de ser a terceira fonte de receita.

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A Ascential atribui o bom resultado financeiro obtido pelo Cannes Lions ao lançamento de novos prêmios e festivais adjacentes nos últimos três anos, uma estratégia do festival para manter-se em sintonia com as transformações da indústria (como Lions Health e Lions Entertainment).

Neste ano, o festival não lançou novas categorias. O ingresso mais básico dos participantes teve um reajuste de 2%, a entrada para os Young Lions diminuiu em 10% e a taxa para inscrição de peças concorrentes teve aumento médio de 3%.

Desde o início do ano, as principais holdings de comunicação anunciaram cortes de despesas destinadas ao festival. O WPP, por exemplo, reduziu pela metade o número de enviados à cidade francesa (no ano passado, viajaram mil funcionários; este ano, 500).

Para o próximo ano, as receitas do Cannes Lions podem sofrer impacto em decorrência da saída do Publicis Groupe do Festival. Durante a edição deste ano do evento, o CEO da holding, Arthur Sadoun, anunciou que nenhuma agência da companhia irá participar de festivais internacionais de publicidade até setembro de 2018. A medida é uma forma de reduzir custos e poupar recursos para investir na plataforma de inteligência artificial Marcel.

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