Caliber avalia reputação do setor farmacêutico

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Caliber avalia reputação do setor farmacêutico

Análise global da consultoria dinamarquesa comparou antes e durante a pandemia; Brasil é o país que mais confia no setor, e a Aché a empresa mais admirada por seu público


6 de outubro de 2020 - 6h00

Brasileiros não fazem distinção de laboratórios globais ou locais para genéricos (Crédito: MJ Prototype/ iStock)

Um estudo abrangente da consultoria internacional dinamarquesa Caliber analisou de forma inédita a reputação do setor farmacêutico considerando dois momentos, um antes e outro já durante a pandemia.  A empresa realizou 13 mil avaliações, sobre 67 empresas do setor que atuam em 17 países. Entre essas empresas estão 14 laboratórios globais com operações no Brasil: AbbVie, AstraZeneca, Bayer, Eli Lilly, GlaxoSmithKline (GSK), J&J (Johnson & Johnson), Merck & Co, Novartis, Novo Nordisk, Pfizer, Roche, Sanofi, Takeda Pharma e Teva.

A primeira etapa do Global Pharma Study foi realizada no final de 2019 e a segunda, em maio deste ano, avaliando o impacto da pandemia de Covid-19 sobre as reputações das companhias do segmento. No primeiro caso, constatou-se que ainda que essa reputação esteja positiva desde 2018, no que diz respeito aos quesitos “confiança e admiração”, se comparado a outros segmentos da economia mundial o setor farmacêutico ainda está em 12º lugar, atingindo 70 pontos numa escala que vai até 100.

O Brasil é o país cuja sociedade tem maior índice de “confiança e admiração” na indústria farmacêutica (82,1 pontos), seguido pela China (78,7 pontos), Itália (75 pontos), Espanha (72,7 pontos) e Polônia (71,2 pontos), no Top 5. Mas os organizadores do estudo ressaltam que a avaliação pode variar muito segundo os códigos culturais de cada país, assim como impactos do contexto, sejam eles econômicos, sociais ou políticos.

Outro dado que chamou atenção dos pesquisadores sobre o Brasil diz respeito à percepção sobre os genéricos, isso porque aqui a empresa ser global ou local não parece fazer diferença. Tanto que a brasileira Aché é, em todo o mundo, a que tem melhor reputação, com base em seu mercado-alvo com 83 pontos, à frente da EMS (82,1 pontos), que é seguida pelas chinesas Yunnan Bayao Group, China Meheco e Sinopharma Group. Ambas também lideram o ranking mundial em reputação da Indústria Farmacêutica.

Ao contrário do que aconteceu com os profissionais da saúde – médicos, enfermeiros etc. –, que passaram a ser mais valorizados pela sociedade durante a pandemia, a crise de saúde não necessariamente teve influência positiva sobre o setor farmacêutico. Segundo o Global Pharma Study, a reputação das 14 maiores empresas globais do segmento se manteve no mesmo patamar antes e depois da Covid-19 – 67,5 pontos, no pré-Covid, e 67,4 durante a crise da Covid-19.

Dentro das 14 empresas globais estudadas na segunda fase, sete tiveram aumento nos indicadores de confiança e admiração, o que segundo os coordenadores do estudo ratifica que quando a empresa tem uma atuação clara, seus produtos são percebidos como de qualidade e a companhia, como bem gerenciada, em questões como governança e responsabilidade socioambiental, inclusive em períodos turbulentos, como os últimos meses de 2020.

 

EMPRESA /VARIAÇÃO EM PONTOS ANTES E DURANTE A COVID

Novo Nordisk – 2,8

Teva  –  2,0

Merck  –  1,7

Sanofi – 1,2

AstraZeneca –  1,0

Roche  –  0,7

Pfizer  – 0,6

 

No que diz respeito à comunicação, a consultoria defende que a indústria farmacêutica deve investir mais em uma comunicação direta com seus stakeholders. Isso porque as maiores empresas sofrem em reputação pois ainda dependem muito de terceiros – mídia, governos, grupos de defesa do consumidor e ONGs – para serem conhecidas.

Já outro ponto interessante do estudo mostra que quanto mais experientes as pessoas – logo, mais perto de precisarem mais dos produtos e serviços da indústria farmacêutica – menos confiança elas têm no setor. Enquanto os millenials, com idades entre 25 e 40 anos são os que mais aprovam o setor (70,8 pontos), seguidos pela geração Z (69,3 pontos), os “Baby Boomers”, entre 50 e 64 anos, registram 64 pontos.

Para realizar a pesquisa, a consultoria Caliber utilizou uma metodologia proprietária usando a plataforma digital Real-Time Tracker (RTT) – que cruza dados, em tempo real, sobre percepção da sociedade (opinião pública) e analisa o alinhamento entre o que as marcas falam e como a sociedade as percebem.

Segundo Dario Menezes, diretor executivo da Caliber no Brasil, o estudo está disponível gratuitamente, pois seu objetivo não é criar qualquer tipo de ranking, mas provocar reflexões e propostas de ação por parte dessa indústria, levando em conta o que já foi alcançado e, em especial, o que ainda pode ser feito.

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