“Informalidade é libertadora”
No 10º episódio da série Transições, Laura Barros, CMO da Wine, fala sobre a importância do ambiente informal das startups e o contexto de trabalho em negócios escaláveis
No 10º episódio da série Transições, Laura Barros, CMO da Wine, fala sobre a importância do ambiente informal das startups e o contexto de trabalho em negócios escaláveis
Luiz Gustavo Pacete
3 de outubro de 2019 - 6h00
Com passagem pelas áreas de marketing e mídia de empresas como L’Oréal, L’Occitane e Gallo, Laura Barros passou de assinante do serviço de vinhos por assinatura Wine a responsável pelo marketing da startup. Em busca de entender ainda mais o conceito de costumer centric, tão utilizado nas grandes empresas, mas muitas vezes não aplicado, a executiva encontrou no ambiente de startups a possibilidade de aplicar o marketing em um contexto escalável e de experiência.
“O aprendizado na transição do mundo offline para o online me atraiu para o ecossistema de inovação. Além da rapidez da tomada de decisão, velocidade de execução e a potencialidade da escalabilidade do negócio”
“A Wine está fazendo a transição do online para o off-line e hoje é multicanal: assinatura, e-commerce, B2B, Wine BH, Wine Eventos, entre outros modelos. O meu passado ajuda em visão no channel, estando presente quando o consumidor pensar em vinho, se inserindo no dia a dia dele”, explica. No 10º episódio da série Transições, Laura Barros também fala sobre a importância do ambiente informal das startups e o contexto de trabalho em negócios escaláveis
Meio & Mensagem — Como foi o processo de decisão e transição do mundo corporativo para uma startup?
Laura Barros — Depois de 20 anos atuando em marcas multinacionais, fui indicada para o processo seletivo da Wine por uma amiga que trabalha no Grupo RBS. O processo foi o mais rápido do qual já participei, cinco entrevistas em uma semana entre contato e proposta.E isso foi um diferencial que me atraiu desde o início para a Wine. Eu já era assinante da Wine há 6 anos e o modelo de negócio também me atraiu, hoje, muitas marcas buscam recorrência e a Wine já realiza isso há nove anos no mundo online.
O que te levou ao ecossistema de inovação, por que esse tema te chamou a atenção?
O aprendizado na transição do mundo offline para o online. Além da rapidez da tomada de decisão, velocidade de execução e a potencialidade da escalabilidade do negócio. A informalidade também me atraiu, foi libertador poder trabalhar de tênis e camiseta e abandonar o salto no dia a dia.
“Entendemos que estamos competindo com o budget de entretenimento do nosso consumidor, como streaming de vídeos, músicas, cinemas, pacotes de dados, entre outros”
De que maneira os seus aprendizados como executiva em anunciante estão sendo aplicados e sendo úteis no dia-a-dia?
O pensamento estruturado de anos fazendo planos de negócio me ajudam a pensar grande quanto ao mercado consumidor potencial. Por exemplo, a Wine tem um público muito maior do que o mercado de vinho, que hoje está supercompetitivo. Nosso modelo é o de assinatura em que o cliente recebe em casa dois vinhos escolhidos por nossos Winehunters e uma revista com conteúdo exclusivo. Entendemos que estamos competindo com o budget de entretenimento do nosso consumidor, como streaming de vídeos, músicas, cinemas, pacotes de dados, entre outros.
Agora o oposto, quais ensinamentos você está tendo nessa nova realidade que você aplicaria no marketing?
Um contato mais direto com a realidade do consumidor e dados. Mas o que gosto de evidenciar é, principalmente, a velocidade na tomada de decisão. A resposta boa ou ruim dos resultados de mídia é imediata nas vendas e não como se esconder ou justificar. É um império dos dados.
Pode indicar quatro insights que sua experiência recente lhe gerou em termos de consumo, experiência, inovação e marketing?
Consumo: o potencial dos modelos de recorrência. Experiência: engajamento dos sócios com a empresa e novos produtos. Inovação: as incríveis possibilidades de um approach nochannel e Marketing: juntar o velho com o novo para criar algo maior em um trabalho de cocriação e colaboração.
Veja as outras entrevistas das Série Transições:
“Profissionais de marketing, foquem no problema”
Gabriela Onofre, CMO da Acesso Digital, fala sobre a importância da tomada de decisão baseada na resolução das dores do consumidor
“Experimentar é a base da inovação”
Leandro Ribeiro, cofundador da martech Match, fala sobre a importância do intraempreendedorismo
“Inovação é sobre cultura e mindset”
Stephanie Peart, criadora da insurtech Komus, fala como levar os conceitos de marca e marketing para um ambiente regulado
“Cultura de compartilhamento fortalece a inovação”
Renato Dias, CEO do Taqe, ressalta a importância do entendimento da estrutura de grandes empresas para o dia a dia das startups
“O publicitário vai muito além da propaganda”
Gal Barradas, fundadora da Gal Barradas Brand&Venture, fala da construção de marcas por meio do propósito
“Inovação deve estar no dia a dia de todos”
André Foresti, fundador da Troublemakers, comenta o papel da mentalidade ágil na resolução de problemas
A tecnologia exigirá maior proposta de valor do marketing
Alexandra Mendonça, chief revenue officer da Winclap e ex-Mercado Livre, analisa os desafios das martechs
Os desafios de não transformar inovação em commodity
Daniel Chalfon, sócio da Astella Investimentos, fala sobre o equilíbrio entre conhecimento e suporte a novos empreendedores
Os aprendizados de uma marca community-driven
Jéssica Gomes, ex-Mutato e creative content da startup Sallve, comenta a responsabilidade na desconstrução de estereótipos
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Em meio a um mercado amplo, marcas como Cacau Show, Bauducco e Dengo investem no equilíbrio entre tradição e inovação, criação de novos momentos de consumo, conexão com novas gerações, entre outros