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No octógono, na telinha e na telona

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No octógono, na telinha e na telona

Em recuperação de uma fratura, Anderson Silva traça planos para a carreira de ator e espera participar de uma luta de boxe com Roy Jones Jr


15 de abril de 2014 - 8h03

Mais conhecido como Spider, Anderson da Silva é ex-campeão mundial da categoria peso médio do UFC e dono do recorde de 17 vitórias seguidas e 10 defesas de título consecutivas. Em recuperação da fratura na perna sofrida na luta contra Chris Weidman em dezembro do ano passado, o lutador comenta nesta entrevista seus planos para a carreira de ator no cinema e na TV, sua relação com os anunciantes, o desejo de realizar uma luta de box com o lendário Roy Jones Jr e analisa o crescimento do MMA no Brasil.

 

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Hollywood e publicidade

Assinei contrato com a ICM Partners (o atleta assinou contrato em fevereiro com a agência de talentos que possui escritórios em Nova York, Los Angeles e Londres) com o objetivo de ir mais longe. O mais bacana é que eu fiquei surpreso ao ver uma grande agência ver em mim um grande potencial para buscar campanhas publicitárias nos Estados Unidos e no mundo. Eles também vão me dar o suporte para que eu entre no universo de Hollywood pela porta da frente e na hora certa. Adoro cinema. Vou sempre. Fiz um teste e gostaram. Percebi a oportunidade e vou me preparar para ela.

Biografia cinematográfica

Este também foi outro grande convite que recebi. O Breno (Silveira, diretor de Dois Filhos de Francisco e Gonzaga – de Pai pra Filho) me procurou e disse que depois que leu meu livro (Anderson Spider Silva – O relato de um campeão nos ringues da vida, da editora Sextante/GMT) ele não conseguiu descansar enquanto não encontrou comigo para fazer o convite. Eu aceitei, pois sei que sou como muitos brasileiros – somos todos lutadores, e a minha história pode motivar muitas pessoas, espero que sim. A previsão de estreia é 2016.

Roteirista de TV

Existe o projeto de uma minissérie policial. Ainda não tem previsão de estreia. Foi uma ideia minha que dividi com um amigo, o diretor Johnny Araújo. Ele levou para a Conspiração e todos gostaram. Inclusive, já falaram com a Rede Globo. Meu papel é mais de produtor executivo. Pretendo atuar, claro, mas não como protagonista. Este projeto é mais do Anderson produzindo.

Incursão no boxe

Enfrentar o Roy Jones Jr (lendário boxeador campeão mundial em quatro categorias de peso diferentes) em uma luta é o meu sonho e vou realizar, assim espero. O próprio Roy Jones JR foi aceitou de pronto, e fiquei muito feliz. Mas não tenho uma data. Dependo da liberação do UFC (Ultimate Fighting Championship). O confronto deve acontecer entre fevereiro e março de 2015. Segundo a assessoria de Anderson, vários promotores estão interessados no projeto, que deve ocorrer em Nova York (no Madison Square Garden) ou na cidade de Las Vegas. Especula-se que a bolsa para a luta seja de R$ 10 milhões.

Relação com os patrocinadores

Eu busco sempre fazer o que faz sentido com o meu dia-a-dia e que a marca seja muito boa. Não fecho contrato por dinheiro. Gosto de criar e por isso dou pitaco nas gravações, mas sempre respeitando o diretor, afinal gosto de atuar (veja abaixo alguns comerciais estrelados pelo lutador). Nike, Budweiser, Lenovo, Duracell, Wizard, Amazoo, Hublot e Burger King são os meus patrocinadores. Tenho uma parceria com a 9ine que vem dando certo. O Hebert Mota, meu agente, fica a frente cuidando disso direto com o (Marcus) Buaiz e o Ronaldo (sócios da agência).

Polêmica na luta contra Weidman

Acho que quando você alcança um número grande de audiência, é normal que pessoas não gostem, não entendam e critiquem. Faz parte. As marcas eu que tenho o privilégio de ter comigo sabem dos riscos. Não tenho contrato de patrocínio, tenho bons parceiros. O que fizemos foi darmos as mãos e seguir em frente.

Balanço da carreira

Considerando os anos em que fiquei invicto, acredito que já cumpri meu legado. Mas como lutar faz parte da minha vida, pretendo lutar ainda pelos próximos três anos com certeza.

O UFC, a mídia e os fãs

Crescer não é tudo. Acredito que ainda falta os atletas entenderem melhor a relação com a mídia e os fãs. Ser famoso não significa que você está gerando valor para a sociedade. O MMA e o UFC vão crescer muito mais ainda, mas os atletas precisam entender isso da maneira correta para que isso não seja apenas uma modinha.
 

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