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Por que a Amazon dividiu a nova sede entre NY e Arlington
Gigante do varejo promete investir US$ 5 bilhões e gerar 50 mil empregos nas regiões; diversas cidades dos EUA competiram para atrair a companhia
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Meio & Mensagem
14 de novembro de 2018 - 8h24
A Amazon.com irá construir uma segunda sede na cidade de Nova York e no condado de Arlington, na Virginia. A decisão encerra uma disputa que durou meses entre potenciais locais em todo o território norte-americano, uma vez que a abertura de uma operação da Amazon representa um investimento de US$ 5 bilhões e a promessa da geração de mais de 50 mil empregos ao longo das próximas duas décadas.
A companhia também informou que irá abrir mais de 5 mil postos de trabalho em um novo centro de operações em Nashville, no Tennessee.
O final anticlímax de uma busca que levou mais de um ano mostra que a Amazon pensa que é melhor explorar vários mercados de trabalho para um crescimento futuro do que tentar abrigar toda a operação em uma única cidade. As operações em Long Island City, no Queens, em Nova York e em National Landing, em Arlington – que ganham o nome HQ2 – serão um impulso para as áreas metropolitanas de Nova York e Washington DC e reforçam a disposição da companhia em captar pessoas de bastante talento com folhas de pagamento mais caras. A decisão é uma decepção para outras 18 cidades, incluindo Toronto e Chicago, que ofereceram bilhões de dólares em incentivos fiscais para atrair a gigante varejista online.
Durante o South by Southwest, em março deste ano, circulava a especulação de que Austin, cidade-sede do evento, poderia ser a localidade escolhida pela gigante do varejo online. Harvey Hudes, CEO da Caliber Corporate Advisors, declarou que a instalação de uma sede da empresa na cidade seria benéfica para a região.
Amazon e Apple: o que vem depois do trilhão?
Desde janeiro, quando a companhia elaborou uma lista de 20 cidades finalistas, aumentaram as especulações de havia candidatas favoritas. A Amazon tinha uma grande lista de critérios para a escolha, como o fato de que o local tinha de ter uma população mínima de 1 milhão de pessoas, ser próximo de um importante aeroporto e de um grande complexo universitário, sem estabelecer, no entanto, quais desses itens era o mais importante. Muitos acreditaram que a Amazon queria ficar próxima de Washington pelo fato de três das cidades finalistas estarem proximas à capital norte-americana. Outra teoria era de que a cidade de Toronto, a única canadense da lista, seria escolhida para formar uma espécie de nova sede fora dos Estados Unidos para servir de proteção contra as politicas de imigração do presidente Donald Trump. A Amazon é um alvo frequente das criticas do presidente.
A busca por novas cidades também pode ser vista como uma mensagem não muito sutil para Seattle, local em que alguns lideres políticas acusam a Amazon de ser responsável por estimular a alta dos preços, paralisar as estradas e contribuir para uma onda de desabrigados. As tensões entre a companhia e a cidade vieram à tona no início deste ano, quando o conselho municipal aprovou – e depois anulou – um imposto para os grandes empregadores a fim de sustentar seu programa de apoio aos desabrigados. A Amazon, principal empregadora de Seattle, ameaçou levar seus negócios a outro local caso a lei fosse aprovada.
Agora, Nova York e Virginia encaram o desafio de equilibras os benefícios dos investimentos gerados pela Amazon com as dores que podem ser geradas pelo rápido crescimento dos negócios e das finanças. A empresa gerou um boom tecnológico em Seatle, onde diversos guindastes erguendo prédios, escritórios e hotéis passaram a fazer parte da paisagem.
Enquanto alguns políticos de Nova York analisam com entusiasmo a possibilidade de a Amazon vir para a região, alguns legisladores locais disseram que a companhia, cujo valor está estimado em US$ 808 bilhões, não deveria receber benefícios corporativos para investir na cidade. Em vez disso, eles julgavam que a Amazon deveria utilizar seus recursos para ajudar a resolver questões urbanas, como o envelhecimento da malha de metrô da cidade.
Do Advertising Age
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