Sadia alega ter sido lesada por corrupção na CBF
Em ação na Justiça do Rio, ex-patrocinadora afirma que foi prejudicada por escândalos
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Luiz Gustavo Pacete
17 de novembro de 2016 - 14h21
A Sadia, marca da BRF, alegou ter sido “ardilosamente lesada” pelos escândalos envolvendo a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A afirmação foi feita pela ex-patrocinadora da Seleção em uma ação aberta na Justiça do Rio pela própria entidade e publicada no blog do jornalista Rodrigo Mattos, no UOL.
O processo aberto corresponde a uma ação que a CBF abriu contra a Sadia acusando a empresa de marketing de emboscada. Em julho deste ano, a 9ª Câmara Cível do Tribunal Judicial do Rio de Janeiro emitiu um parecer proibindo a Sadia de exibir o mascote Lek Trek utilizando o uniforme da seleção brasileira. O alvo principal é uma campanha, assinada pela F/Nazca, que divulgava a promoção “Meu Mascote da Sorte”.
Samsung rompe contrato com a CBF
Para a CBF, a BRF teria infringido regras de marketing ao utilizar o uniforme, uma vez que a marca rompeu o patrocínio que mantinha com a entidade de futebol em janeiro deste ano. Desta forma, a Sadia não teria mais direito de fazer uso de qualquer imagem referente à Seleção brasileira. Em defesa, a Sadia afirmou que foi obrigada a romper o contrato com a CBF por questões éticas. O rompimento ocorreu em janeiro deste ano, na ocasião, a empresa afirmou que a decisão “ocorria no momento em que a marca está reavaliando sua estratégia de patrocínio”. O contrato valeria até 2022. No mês de maio de 2015, logo após a assinatura do contrato da Sadia com a CBF, o vice-presidente da confederação, José Maria Marin, foi preso na Suíça acusado de lavagem de dinheiro. Em dezembro do ano passado, a Justiça dos Estados Unidos abriu um processo contra o presidente da CBF, Marco Polo del Nero.
Procurados, Sadia e CBF não comentaram o assunto.
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