Sony joga US$ 50 mi em videogames
Expectativa é que o investimento, em análise pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), inclua também a fabricação do PlayStation
Expectativa é que o investimento, em análise pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), inclua também a fabricação do PlayStation
Janaina Langsdorff
19 de outubro de 2012 - 8h50
A japonesa Sony, fabricante do famoso PlayStation, pode estar prestes a nacionalizar a sua produção de videogames. Segundo informações do jornal Valor Econômico a companhia encaminhou um plano de investimento de R$ 50 milhões que será analisado nesta sexta-feira 19 pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). O projeto não especifica quais serão os equipamentos a serem fabricados em solo nacional.
Embora a Sony tenha afirmado por meio de nota emitida ao Valor Econômico que “não há uma previsão para produção local do console PlayStation 3 no momento”, a linha de montagem em Manaus aumenta a expectativa em torno da possibilidade de que o game faça parte deste projeto, o que poderia levar a uma redução dos preços o País.
O PlayStation é considerado hoje um dos pilares para o trabalho de rejuvenescimento da marca Sony no Brasil. “Esperamos ampliar a nossa rede de 1,5 milhão para cinco milhões de usuários até 2014”, disse Carlos Paschoal, gerente geral da Sony Brasil, em recente entrevista ao Meio & Mensagem. O jogo que revolucionou o mercado de games eletrônicos desde a estreia da sua versão original, em 1994, deve ser inclusive o único sobrevivente entre as submarcas da empresa, como Bravia (TVs), Cyber-shot (câmeras) e Vaio (notebooks) que, segundo Paschoal, desaparecerão gradativamente. A decisão remete ao projeto One Sony, que prevê a unificação da marca e a integração dos negócios de produtos digitais, dispositivos móveis, eletroeletrônicos e games com o conteúdo de entretenimento gerado pela gravadora Sony Music, pelos estúdios de cinema Sony Pictures e os canais de tevê por assinatura Sony Entertainment Television.
Há 40 anos no Brasil, hoje a Sony trabalha fortemente a sua aproximação com a classe C, plano endossado pelo ator Rodrigo Faro e pelas ações criadas pela agência David. Equipamentos moldados ao gosto do brasileiro, como câmeras fotográficas mais compactas, foram lançados nos últimos anos, garantindo um crescimento de 25% em 2011, o melhor resultado da história da marca no País. A previsão para 2012 é avançar 30%.
Na contramão
O Brasil cresce alheio ao desempenho da Sony em outras partes do mundo. A matriz da marca no Japão, por exemplo, acaba de anunciar um plano de demissões que inclui dois mil cortes de postos de trabalho na sede da empresa e na fábrica de Gifu, região central do Japão, entre outros. A intenção é economizar cerca de 30 bilhões de ienes (378,6 milhões de dólares) ao ano, valor que ajudaria a compensar as perdas com televisores e outros produtos eletrônicos. Em 2011, a Sony acumulou um prejuízo de 456,7 bilhões de ienes globalmente.
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