Work Trend Index 2025 aponta o surgimento das “frontier firms”
Relatório da Microsoft “Work Trend Index 2025” alerta para o surgimento das “frontier firms”, e de uma nova função, os “chefes de agentes”
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Meio & Mensagem
29 de abril de 2025 - 6h01
Atualizada às 12h30*
Desenvolvido para preparar líderes e colaboradores para as transformações no mundo do trabalho, o relatório da Microsoft “Work Trend Index 2025” alerta para o surgimento de um novo tipo de organização, as “frontier firms”, e de um novo papel, os “chefes de agentes”.
As “frontier firms” são empresas que combinam equipes humanas e agentes de inteligência artificial (IA), criando uma nova dinâmica de trabalho e aumentando a eficiência e inovação. Entre as “frontier firms”, 71% dos trabalhadores acreditam que suas empresas estão prosperando. Em contraste, apenas 37% dos trabalhadores em empresas em geral compartilham essa mesma percepção de prosperidade.
“Frontier firms” são empresas que combinam equipes humanas e agentes de inteligência artificial (Crédito: Tippapatt/Adobe Stock)
O levantamento destaca ainda a consolidação da IA, uma vez que 82% dos líderes, globalmente, dizem que este é um ano crucial para repensar aspectos fundamentais de estratégia e operações a partir do uso da IA. No Brasil, esse número é ainda maior, chegando a 94%.
A inteligência artificial também tem se tornado um recurso essencial, disponível e escalável sob demanda, de acordo com o relatório, permitindo que as empresas fechem lacunas crescente entre as demandas dos negócios e a capacidade humana.
Dados do Work Trend Index 2025 mostram que enquanto 53% dos líderes dizem que a produtividade deve aumentar, 80% da força de trabalho global relata falta de tempo ou energia para fazer seu trabalho. No Brasil, 40% dos líderes dizem que a produtividade deve aumentar, e 72% da força de trabalho relata falta de tempo ou energia.
Para resolver esse dilema, 82% dos líderes esperam usar o trabalho digital para expandir sua força de trabalho nos próximos 12 a 18 meses, de acordo com o levantamento. No Brasil, o porcentual sobe para 90%.
Outro destaque trazido pelo relatório é a reinvenção das estruturas organizacionais. Com a democratização da expertise pela IA, há uma transição de organogramas rígidos para “Work Charts” mais fluidos e orientados a resultados. Essas estruturas se adaptam às necessidades do negócio, que combinam humanos e agentes para realizar o trabalho.
Apesar de cada função evoluir num ritmo e escala diferentes, 46% dos líderes, globalmente, afirmam que sua organização está usando agentes para automatizar totalmente os fluxos de trabalho ou processos de negócios. De acordo com o relatório, atendimento ao cliente, marketing e desenvolvimento de produtos são as principais áreas de investimento em IA. No Brasil, o percentual se assemelha à média global (45%).
Segundo o levantamento, os líderes esperam que suas equipes treinem (41%) e gerenciem (36%) agentes de IA dentro de cinco anos. No Brasil, 43% esperam que suas equipes estejam treinando agentes e 39% que estejam gerenciando agentes dentro desse período.
Os líderes superam os colaboradores em todas as medidas quanto ao envolvimento com a IA: 67% deles estão familiarizados com agentes, versus 40% dos funcionários, e 79% acreditam que a IA acelerará suas carreiras, em comparação com 67% dos colaboradores. No Brasil, esse número sobre 75% dos líderes e 54% dos funcionários.
Apesar disso, o estudo indica que essa mudança não irá parar nas lideranças. Uma vez que agentes se incorporem no trabalho, cargos de todos os níveis irão evoluir. Enquanto 33% dos líderes, globalmente, estão considerando reduções no número de funcionários, 78% estão considerando contratar pessoas para novas funções de IA. No Brasil, 20% dos consideram reduções no número de colaboradores enquanto 89% esperam novas contratações relacionadas à IA.
Além disso, globalmente, 83% afirmam que a IA permitirá que os funcionários assumam trabalhos mais complexos e estratégicos já no início de suas carreiras. Com isso, de acordo com o relatório, essa mudança será multifacetada, ou seja, cada setor e função evoluirá de maneira diferente.
Esses resultados fazem parte de um levantamento realizado com 31 mil pessoas em 31 países. Confira ele completo aqui.
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