Cresce investimento de marcas em áudio digital
Playbook apresentado pela Mobile Marketing Association e a Audio.ad detalha comportamento do consumidor, perspectivas e tendências
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Thaís Monteiro
27 de setembro de 2017 - 9h17
Ele é online, pode ser escutado ao vivo, ou off-line, em qualquer lugar, além de ter uma precisão melhor sobre o alcance. Essas são algumas das vantagens do áudio digital que, apesar de não estar consolidado no Brasil, busca provar sua eficiência ao mercado. Os dados publicados recentemente pela MMA, associação sem fins lucrativos de mobile marketing, com patrocínio da Audio.ad, mostram o avanço do formato e o comportamento do consumidor.
As entrevistas foram feitas durante o ano de 2016 com cinco mil usuários de internet na América Latina e o resultado detalha o tipo de conteúdo, perfil do consumidor e por qual meio o áudio digital é consumido. Dos entrevistados brasileiros, 94% escutam áudio digital pela internet, serviços de streaming e demais mídias online. O conteúdo mais valorizado é a música, com 65% das respostas, e a faixa etária que faz mais uso do modelo é de 35 a 44 anos.
A pesquisa apresenta a relevância do streaming: seis de cada dez entrevistados consomem áudio por meio dos players online. Em primeiro lugar está o Spotify (32%) e, em seguida, o SoundCloud (24%) e o Deezer (22%). Segundo projeções do eMarketer, o investimento em áudio digital deve saltar de 15% do orçamento total das empresas, em 2015, para 25% em 2018.
“Se você migrar entre 15/20% do seu budget para o digital consegue aumentar o alcance em até 15 pontos percentuais. Esse incremento no off-line aumenta absurdamente por causa da dispersão e da grande frequência de anúncios que você precisa ter para aumentar o alcance”, diz Rodrigo Tigre, sócio-diretor da RedMas, empresa de soluções para marketing digital dona da Audio.ad.
Rádio online já chega a 61% dos americanos
O áudio digital também vem impulsionando outros mercados como o de mídia programática. De acordo com pesquisa do AdAge, em parceria com a Trade Desk, empresa que opera sistemas sob demanda com mídia programática, no ano ano passado um quarto dos atuais compradores de áudio digital fez negócios em programática e mais de um terço fará em 2018. “Você consegue medir a entrega completa do seu spot de áudio dentro do seu target, controlar frequência e medir com precisão o alcance da sua campanha. Esse modelo permite que a gente venda a escuta completa (modelo de venda por CPE – Custo por Escuta) sem dispersão”, afirma Tigre.
Traçando um futuro para o áudio digital
A associação também aponta para algumas tendências no consumo de áudio digital. Entre elas estão: o smart áudio, encontrado em assistentes pessoais como o Alexa, da Amazon, e o Google Home; podcasts, programa de rádio encontrado em plataformas de streaming como Spotify, Deezer e SoundCloud; geolocalização, para entregar um anúncio ao ouvinte quando ele estiver próximo do PDV do anunciante; áudio 3D, entre outros.
Audio.Ad aposta em rádios digitais
Para Fabiano Lobo, diretor de gerenciamento da MMA Latam, o smart radio é a tendência que melhor se encaixa no Brasil. “O segmento de dispositivos controlados por voz vive uma fase de amplo crescimento.”, afirma ele. Levantamentos mostram que 7% dos norte-americanos com mais de 12 anos já tem um smart speaker em casa. “Os propósitos são diversos, desde ouvir musica com mais qualidade, passando por substituir um aparelho e som antigo até organizar uma lista do que comprar e fazer search via voz”, completa. Ele acredita que o áudio digital é um segmento que tende a crescer significantemente em detrimento do aumento das pesquisas sobre Inteligencia Artificial.
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