Hulu deve investir US$ 500 mi no ano

Meio & Mensagem
13 de janeiro de 2012 - 5h38

O Hulu, portal de vídeos online que concorre com empresas como Netflix e Vudu, aumentou o investimento de US$ 200 milhões em programação no ano passado para US$ 500 milhões este ano com o objetivo de reforçar o catálogo em sua biblioteca de conteúdo. A informação é do jornal Financial Times. O serviço, que é de propriedade da Walt Disney, News Corp. e NBC Universal, gerou US$ 420 milhões de receitas no ano passado, expansão de 60% em relação ao anterior. O presidente-executivo do Hulu, Jason Kilar, disse que o modelo de negócios do Hulu, baseado em taxas de assinatura e também em publicidade, justifica esse aumento de investimentos. O serviço, além da locação virtual, oferece o Hulu Plus, que é pacote de assinatura.

O executivo afirma que o Hulu atrai o dobro de novos assinantes diariamente em comparação com o ano passado. O Hulu Plus tem 1,5 milhão de assinantes (ante os pouco mais de 20 milhões do Netflix). No ano passado, os acionistas do Hulu colocaram o site à venda e, apesar de terem recebido várias propostas (a empresa foi avaliada em US$ 1 bilhão), voltaram atrás na decisão e decidiram manter o negócio.

Atualmente, o mercado de vídeo online nos EUA é dominado pelo Netflix e Hulu. Agora, as operadoras de TV paga começam a criar e expandir seus próprios serviços. A Comcast, maior operadora de pago do país, chegou ao décimo ano no contrato com a Walt Disney. Esse contrato, de distribuição de conteúdo, inclui a ESPN e o Disney Channel e é uma programação de livre acesso para assinantes Comcast autenticados em dispositivos como o iPad.

O HBO Go, serviço online de vídeos da HBO, pertencente à Time Warner, também tem disputado o setor. O aplicativo HBO Go já foi baixado mais de 3 milhões de vezes. O Showtime, concorrente da HBO, lançou o próprio serviço de vídeo por streaming, disponível para os assinantes do canal premium. Recentemente, a própria HBO deixou de vender CDs em sua programação no Netflix, sinal de rivalidade crescente entre os canais de TV paga e os serviços de streaming de vídeo.