Jornais ficam estagnados em 2012
Somente as edições digitais trouxeram um ligeiro crescimento para o meio; vendas avulsas não mudaram em relação a 2011
Somente as edições digitais trouxeram um ligeiro crescimento para o meio; vendas avulsas não mudaram em relação a 2011
Meio & Mensagem
23 de janeiro de 2013 - 6h16
As edições digitais salvaram o meio jornal de um ano triste. Dados consolidados do Instituto Verificador de Circulação (IVC) divulgados nesta quarta-feira, 23, mostraram que o pequeno crescimento de 1,8% em circulação registrado pelo meio é totalmente proveniente das edições digitais dos títulos.
De acordo com os dados, a circulação digital dos jornais cresceu 128% em 2012, em comparação com o ano anterior. Esse grande salto conseguiu elevar em 1,8% a média geral de circulação do meio Jornal no ano, que encerrou 2012 com uma média de 4.520.820 exemplares (número recorde na auditoria do IVC). Nessa contagem total estão inseridas todas as edições das publicações auditadas pelo Instituto.
O meio digital também salvou a média geral das assinaturas, que foi 3,4% maior em 2012, de acordo com o relatório do IVC. Neste crescimento estão compreendidas, obviamente, as versões digitais dos títulos. Já as vendas avulsas dos jornais impressos ficaram estagnadas em relação ao ano de 2011.
O ritmo do crescimento da circulação dos jornais é o mais baixo dos últimos três anos. Em 2011, o meio tinha conseguido ampliar sua circulação em 3,4% em comparação com 2010. O desempenho de 2012 só não é inferior ao de 2009, quando a circulação geral dos jornais encolheu 1,4%.
Na análise do desempenho dos títulos por categoria, o crescimento também é pequeno. Entre os populares (títulos cujo preço é inferior a R$ 0,99), a circulação aumentou 1,8%. Os chamados títulos médios (com valor de capa entre R$ 1 e R$ 2) cresceram 2,4% enquanto os jornais de preço superior a R$ 2 cresceram somente 1,2%. Nesses cálculos estão contabilizadas as assinaturas das versões impressa e digital.
O presidente executivo do IVC, Pedro Silva declarou, no próprio relatório do Instituto, que o “crescimento ficou abaixo dos anos anteriores, de acordo com o PIB” e que “isso não aconteceu por conta da queda no consumo e sim pela baixa no investimento dos empresários no setor”.
Em 2012, tradicionais títulos jornalísticos do Brasil encerram suas operações. Entre eles estão o Jornal da Tardde (São Paulo), Diário do Povo (Campinas – SP), O Povo (Alagoas), Marca Brasil (São Paulo e Rio de Janeiro), entre outros.
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