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Opinião

A importância do F5G para a transformação digital em nosso país

As novas redes 5G favorecem o uso de ferramentas como a Internet das Coisas e a Inteligência Artificial, criando o cenário ideal para o surgimento de novos produtos


6 de março de 2023 - 14h38

Conectividade 5G

Crédito: Shutterstock

O novo eixo de desenvolvimento econômico sustentável permanente passa necessariamente pela adoção das Tecnologias da Informação e da Comunicação. As novas redes 5G favorecem o uso de ferramentas como a Internet das Coisas e a Inteligência Artificial, criando o cenário ideal para o surgimento de novos produtos, novas indústrias e novos serviços mais eficientes, de alta eficiência energética e de menor custo.

Mas, somente a adoção das tecnologias não é suficiente para atingir resultados positivos. É importante que haja um esforço conjunto entre a sociedade civil, as empresas privadas e os governos na busca de soluções que aumentem as taxas de inclusão digital das populações urbanas e rurais, fomentem regulamentações adequadas para a expansão das redes de conectividade e ampliem a capacitação de mão de obra de modo que o ecossistema se desenvolva de maneira robusta e adequada.

Para contribuir com esta discussão, a Huawei, em parceria com a Softex, e a Teleco, lançou, no MWC 2023, um estudo aprofundado sobre a banda larga no Brasil, com sugestões de políticas focadas no conceito de ampla adoção de redes de conexão de quinta geração de Banda Larga Fixa (F5G), baseadas em fibra óptica, como um caminho para a geração de riqueza e de prosperidade para os brasileiros.

De acordo com o Índice de Desenvolvimento de Fibra da Omdia, o Brasil alcançou grande desenvolvimento da banda larga fixa em 2022 e ocupa a 39a posição com uma pontuação total de 44, obtendo uma melhoria de cinco posições em relação ao ano anterior. Esse índice vem melhorando nos últimos três anos. Com investimentos anteriores, o Brasil é classificado como um país desenvolvido que está se movendo em direção a uma infraestrutura F5G universal. Para garantir esta curva ascendente, o artigo aconselha os gestores públicos a acelerarem essa escolha em três campos principais: cidades inteligentes, e-cidadania e inclusão digital.

O F5G foi proposto pela primeira vez no MWC Shanghai em 2019. Anos depois, tornou-se um consenso da indústria, assim como o 5G. O mercado brasileiro de banda larga fixa encontra-se no estágio inicial da era F5G e teve um crescimento notável ao longo dos últimos anos. Com um crescimento médio de 7% desde 2014, a assinatura de banda larga fixa totalizou 42,1 milhões no primeiro trimestre de 2022. Nos últimos dez anos, a fibra óptica tornou-se a tecnologia mais utilizada no mercado de banda larga fixa. Segundo dados da Conexis, entre os mais de 40 milhões de assinantes de banda larga fixa até 2022, até 65% terão acesso à tecnologia de fibra óptica. Nos últimos 10 anos, o acesso à fibra óptica cresceu cerca de 28 vezes para os atuais 27,7 milhões de usuários.

O Brasil está entrando em uma nova era tecnológica, e as redes fixas desempenham um papel essencial nessa evolução ao lado e em cooperação com as redes móveis. Com tecnologias de fibra óptica, as redes fixas de 5a geração oferecem larguras de banda mais altas e maior disponibilidade do que as redes móveis e têm potencial para suportar as aplicações promissoras do futuro, como vídeo de ultra-alta definição, e-saúde, escritório em nuvem, ensino online, entretenimento online, realidade virtual (RV), e realidade aumentada (RA).

O desafio agora é entregar velocidades de dados mais rápidas, conectividade mais confiável e maior capacidade de dispositivos conectados em uma única rede de forma a contribuir para o crescimento da economia e de toda a sociedade. Sua superação passa, obrigatoriamente, pela condução de políticas públicas de incentivo ao investimento em infraestrutura e Pesquisa e Desenvolvimento na área de 5G, pelo estabelecimento de parcerias entre o setor público e privado, pela educação e treinamento para que as pessoas possam aproveitar ao máximo as oportunidades oferecidas pela tecnologia 5G e pela criação de um arcabouço jurídico para garantir que os direitos dos consumidores sejam protegidos e que a competição seja sempre saudável.

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