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Opinião

Estamos nos preocupando de verdade com a cibersegurança?

Na esteira do processo de transformação digital que se acelerou sobretudo no ambiente de pandemia, os ciberataques e ciberfraudes se proliferaram


7 de março de 2023 - 13h29

(Crédito: Aleksandr Merg/ Shutterstock)

Imagine uma indústria que dobrou de tamanho em 2021 e, no ano seguinte, cresceu mais de 70%. Certamente, ela parecerá promissora, não? É, simplesmente, a terceira maior do mundo. Infelizmente, o produto desse setor não é nem um pouco benéfico: trata-se da fraude virtual.

Na esteira do processo de transformação digital que se acelerou sobretudo no ambiente de pandemia, os ciberataques e ciberfraudes se proliferaram em um contexto de rápida digitalização dos hábitos das pessoas. Tanto é que, na grande maioria dos casos, o que causa esse tipo de ação não são falhas no sistema — mas, isto sim, o uso inadequado ou pouco cuidadoso de dados pelos próprios usuários. Segundo a Universidade de Stanford (Estados Unidos) e da Tessian (empresa britânica de software), 88% das violações de dados são causadas por erros humanos.

O tema está na pauta imediata dos executivos e especialistas que participaram do Mobile World Conference (MWC), maior evento global sobre tecnologia mobile, que ocorreu semana passada na Espanha. Se por um lado cada vez mais pessoas aderem a hábitos digitais, confiando no sistema e na sua segurança, cada vez mais as ameaças aumentam.

Uma coisa é certa: o caminho da transformação digital não tem volta. Cabe agora às marcas construírem processos e dinâmicas que ampliem a proteção dos usuários. E isso pode ocorrer de diversas formas: desde a seleção de parceiros especializados para suporte como na adoção de ferramentas e estratégias de marketing para proteção cibernética.

Nos últimos anos, muito se discutiu sobre a proteção de dados — inclusive com a adoção de leis que definiram protocolos e fluxos para as empresas. Um avanço importantíssimo, não há dúvidas. No entanto, como disse o craque Garrincha em sua mais célebre frase, “é preciso combinar com os russos”. Ou seja: as organizações devem estar preparadas também para os ataques daqueles que não seguem a letra fria das leis. E que, em um ambiente iminente de 5G e 6G, terão à disposição um número praticamente infinito de dados para usufruir.

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