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Opinião

Quem são (e o que querem) as mulheres de verdade?

Marcas que queiram corresponder aos desejos das consumidoras devem ficar atentas aos insights que demonstram as necessidades das mulheres


4 de maio de 2017 - 11h01

Foto: Reprodução

Entender o que se passa na cabeça das mulheres faz parte do nosso dia a dia no Superela. Por conta disso, vez ou outra fazemos pesquisas para nos aprofundar ainda mais nos pensamentos das leitoras e compreender seus desejos e anseios. O apanhado recente contou com mais de 3 mil participantes* e revelações sobre autoestima que podem ser ótimas para sua marca.

Vamos lá?

1) Sinceridade, essa fundamental

Apenas 7,5% das mulheres disse que raramente admitia um erro (contra todo resto que assumiu fazer isso constantemente ou sempre). “O que isso tem a ver com minha marca?”, você pode estar pensando. Ora, marcas que se aproximam do consumidor já saem com vantagem, uma vez que são tão de “carne e osso” quanto as pessoas. Logo, se você se assumir humano, você pode se posicionar como alguém que pisa na bola vez ou outra. E isso é uma vantagem e tanto no quesito “relacionamento com o público alvo”, não?

2) As mulheres querem mudar, mas não sabem como

Mais de 35% das participantes responderam que gostariam de mudar seu estilo de vida e bem-estar (sendo que 55% delas não pratica atividade física ou faz isso raramente). Daí, fica a dica, não é porque reconhecemos um problema, que somos capazes de resolvê-lo. Portanto: não bastam apenas frases motivacionais e bonitas pras pessoas saírem de casa e fazerem algo, elas realmente precisam de alguém que pegue na mão e mostre o passo a passo. Alô empresas de alimentação, exercícios e espiritualidade, chega de superficialidade, o negócio é eficácia e mão na massa! O app Nike Training Club e a plataforma Vem Junto, também da Nike, têm feito um bom trabalho nesse quesito. Corre lá pra ver (e aproveite depois para sair pra uma corridinha).

3) Compramos pra melhorar o humor SIM

Uma verdade: as mulheres vão atrás de objetos de consumo para se sentirem melhores. Na nossa pesquisa, apenas 6% disseram que fazer compras não ajudava em nada, contra 94% que assumiu o ato com convicção. Mas… por que esse dado é importante? Para entender que nós somos seres sensíveis e usar isso da melhor forma possível. Nada de “tá triste, compra isso” ou “desestressa com esse sapato” – porque de anúncio assim estamos cheias e a fase de Patricinhas de Beverly Hills já ficou pra trás (mesmo a gente amando rever, claro). Mas, quem sabe, melhorar a linguagem para atingir cada momento de forma educada, gentil e, principalmente, que ajude a mulher a compreender suas reais necessidades? Como diz a Quem Disse Berenice: Pode!

4) Amor I love you – o sentimento em alta.

74% das nossas leitoras acreditam no amor e acham que são merecedoras dele – e ai da marca que tentar mostrar o contrário, viu? Brincadeira. A verdade é que, aqui, queremos olhar para um outro lado: a das 26% que não estão tão confiantes assim nesse quesito. As pessoas que, ao contrário de entrarem de cabeça no “pense menos, ame mais”, que Sonho de Valsa estimula, se sentem menos parte desse movimento. Então, não seria muito legal se todo mundo acreditasse que merece tudo nessa vida? Não seria incrível ter consumidoras confiantes e cheias de atitude? Poxa, vamos lembrar que formar pessoas também pode estar no nosso CORE e bora promover ações que reforcem valores e atitudes positivas, vai? Acredite em mim: vale muito a pena.

5) Não fazemos sexo tanto quanto gostaríamos

Apenas 12% considera sua vida sexual ativa. E aqui, vale pensar em um milhão de coisas que pode atrapalhar seus desempenhos: dia a dia corrido, rotina, estresse etc, mas, vamos combinar: temos 88% de um público consumidor ávido por mais ação no dia a dia – e até o sucesso estrondoso de 50 Tons de Cinza prova isso. E aí, marcas, será que a gente consegue ajudar essas mulheres? Que tal mexer na comunicação pra oferecer soluções divertidas e diferentes, que faça a galera sair do ostracismo e chegar ao tão sonhado êxtase? Vale até voltar à campanha “get it on”, da Durex, pra se inspirar (ou ir até o Superela ler alguns contos eróticos que fazem mega sucesso).

6) No meio do caminho, tinha a autoestima

Acreditamos no empoderamento? Sim! Vivemos num mundo empoderado? Não! E podemos notar isso quando 82% das entrevistadas diz ter a autoestima média ou baixa. Além disso, também captamos uma boa tendência das pessoas em ainda sentirem medo de expressar suas vontades, se sentirem culpadas e terem dificuldade em dizer não. Então, bem, já falamos isso em outros textos (e aqui em cima), mas, promover a confiança da mulher e ajudar a melhorar sua relação consigo mesma e com o mundo é algo MUITO bacana a se fazer. Esse ano, a própria Skol resolveu dar uma mudada no mood e investiu numa campanha em prol da individualidade: “Redondo é sair do seu quadrado”. Ok, não é só sobre o mundo feminino, mas impacta na vida de muita gente. E isso já é bem legal!

7) Mulheres sempre serão surpreendentes

Sim, fizemos a pesquisa e tivemos todos esses resultados reais, mas… quer saber do que mais? Mulheres vão muito além de dados e certezas – e quanto antes sua marca trabalhar fora da caixa, buscando o que ninguém está falando ou pegando num ponto que nunca foi explorado, mais chances de você se dar bem. Hoje em dia, são as DIFERENÇAS que estão em alta, portanto: que tal pegar tudo isso e dar uma chacoalhada no seu (e no nosso) planejamento? Com certeza, você vai dar o que falar.

*pesquisa feita em novembro/2016 no Superela com 3174 mulheres, sendo a grande maioria (78%) entre 18 a 35 anos e com ensino superior completo (52%).

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