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Opinião

Walmart e sua gigante batalha para se tornar digital

Rede busca unir experiência de loja física com a do e-commerce; outra grande aposta é personalizar seus serviços com base em coleta de dados e inteligência artificial


15 de janeiro de 2019 - 19h45

No primeiro dia de conteúdo da Retail’s Big Show — NRF 2019, o momento mais esperado por todos era o que o Walmart contaria como está realizando a sua transformação digital.

E antes de qualquer conteúdo, foi mostrado o copy lançado a pouco mais de uma semana sobre Grocery Pickup. Vale muito assistir e observar que eles estão realmente se dedicando nessa batalha. E nesse filme trouxemos um reforço de peso.

https://www.youtube.com/watch?v=oGrSw7wK4no&feature=youtu.be

Logo após, o palco mais importante do evento recebeu uma entrevistadora do Wall Street Journal e Jeremy King, VP and Chief Technology Officer for all Walmart US – Stores and eCommerce. No decorrer das perguntas, King contou que o Walmart dividiu seus times entre especialistas em lojas físicas e os que desenvolvem o e-commerce para que pudessem entregar uma melhor experiência dos shoppers em cada um dos meios. E que, para o e-commerce, tiveram que mudar o mindset sobre modelo de trabalho e construíram times menores e que pudessem dar respostas mais rápidas às mudanças necessárias no negócio.

Mudanças as quais são medidas pelo número de consumidores satisfeitos que, para o Walmart, valorizam a integração do online com as lojas físicas disponíveis em todo lugar (alfinetando o seu grande concorrente).

King disse que o Walmart é parceiro do Google, onde torna possível os pedidos de comprar, aprendizado de shopping list e inteligência artificial no Google Home. E juntos constroem uma experiência de compra mais digital. Ainda no tópico parceiros, contou que expandiu seus projetos com a Microsoft para desenvolver sua plataforma de internet das coisas e gerir melhor as milhares de informações que coleta na nuvem.

Personalização é uma preocupação importante para o Walmart aumentar suas margens com cada shopper. Conhecendo mais seus gostos e trazendo experiências mais fáceis e efetivas, com sugestões dos produtos certos. E já observam que o uso de dados tem sido efetivo.

No Walmart Labs é onde evoluem o conhecimento sobre os dados, mas King destaca que é um trabalho árduo. Isso os tem desafiado a trabalhar os mínimos detalhes. Não é mais sobre onde o produto fica na loja, mas sim sobre qual loja, em uma localização específica, receberá um determinado produto e, aí sim, onde esse produto ficará na loja.

Treinamento e pessoas são assets muito importantes para o desenvolvimento da tecnologia. O Walmart Academy é a plataforma que modifica esse olhar e traz capacitação a toda a cadeia Walmart. Não adianta criar a melhor tecnologia se as pessoas não quiserem se relacionar com ela. Essa é a missão do Walmart Lab – melhorar a experiência para as pessoas.

E termina com uma reflexão muito importante: “A parte de escolher o que fazer primeiro é mais difícil do que efetivamente fazer”. E completa que é assim que o Walmart está entendendo o amplo universo de tecnologia hoje.

Questionado sobre a batalha com Amazon, o CTO do Walmart respondeu de forma calma, pontuando que essa especulação é natural, mas que os nativos do e-commerce (não mencionando o nome do concorrente) observam cada dia mais que precisam migrar para o modelo do Walmart, com capilaridade de experiências físicas pra ser efetivamente omnichannel.

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