Untold se destaca pelo modelo multidisciplinar e integrado

Com o encerramento do ano, áreas de marketing, comunicação e relações institucionais consolidam seus planejamentos para 2026, um período que já se desenha marcado por incertezas econômicas, instabilidade política e pela movimentação cultural impulsionada pela Copa do Mundo. Nesse ambiente, a capacidade de adaptação rápida e de leitura precisa do contexto se torna um diferencial determinante na relação entre marcas e agências.

A convergência entre insights, criatividade, branding e reputação passa a ser decisiva para garantir respostas ágeis diante de cenários que mudam em velocidade acelerada. Para o Untold — ecossistema de comunicação e marketing presente em sete países da América Latina — esse modelo integrado não é apenas uma ambição, mas parte de sua estrutura desde o início. O Untold reúne em uma mesma estrutura cinco operações. The Juju, publicidade e propaganda; ágora, relações públicas e assuntos institucionais; Fogdog, estratégia e experiência de marca; Quiddity, pesquisa e inteligência de negócios; e Actionline, customer experience.

“Quando Darío Straschnoy, sócio-fundador e CEO do Untold, pensou o modelo, há dez anos, sempre deixou claro que flexibilidade seria um dos pilares do nosso ecossistema”, afirma Everton Schultz, managing director do no Brasil. “Partindo deste espírito, construímos um modelo baseado na diversidade de ofertas, na excelência, no fim das burocracias internas e, principalmente, na conexão entre negócios, cultura e comportamento da sociedade.”

Com atuação no Brasil há seis anos, a empresa consolidou um formato que vai além de holdings tradicionais, unindo executivos seniores de diferentes disciplinas para construir narrativas relevantes a partir de uma mesma mesa de trabalho. “Já não temos fronteiras entre as especialidades para contar histórias de marcas e companhias a todos os seus stakeholders, desde o consumidor final ao formulador de políticas públicas”, explica Everton.

Um dos mantras dessa abordagem é a mentalidade de rebriefing, que parte da revisão constante do desafio original apresentado pelo cliente.

“Quando diferentes olhares se encontram, o problema inicial quase sempre se desdobra em algo mais amplo — e as soluções passam a gerar impactos reais no negócio”, complementa o executivo.

Exemplos recentes mostram entregas que nasceram como projetos de reputação e evoluíram para campanhas de marca, assim como ideias pensadas como campanhas se tornaram plataformas de reputação que permitem às empresas operar com segurança institucional. No Brasil, o Untold atende marcas como Netflix, Bayer, Red Bull, ON, Hunter Douglas, Suzano, Havaianas, Natura e Camil.

Impulsionado por um crescimento expressivo em 2025, o ecossistema planeja fortalecer ainda mais a oferta integrada, ampliando frentes dentro da base atual de clientes e se aproximando de empresas que buscam agilidade e modelos colaborativos. Outro foco para 2026 está no uso qualificado de tecnologia e Inteligência Artificial nos processos internos.

“Estamos entrando em uma etapa em que o olhar humano volta a ser o grande diferencial”, avalia Schultz. “A curadoria da tecnologia precisa carregar os elementos intangíveis das relações humanas — é isso que garante criatividade e autenticidade das entregas.”

Cultura forte, foco em pessoas e criatividade

A força do Untold está na capacidade de reunir perfis diversos em torno de uma mesma visão. Criativos, estrategistas, jornalistas, especialistas em dados e cientistas políticos trabalham lado a lado em um modelo que estimula trocas reais e entendimento profundo dos desafios de negócio.

Para o ecossistema, criatividade e reputação caminham juntas. Ideias só ganham impacto quando conectadas à cultura, ao contexto social e à legitimidade necessária para que marcas operem em um cenário volátil.

Os pilares culturais — pessoas em primeiro lugar, colaboração constante e espírito empreendedor — têm sustentado essa abordagem integrada. Diversidade e Inclusão também são estruturantes, impulsionadas pelo projeto Lentes Culturais, que promove debates sobre equidade, raça, gênero, etarismo e capacitismo.

“Diversidade e Inclusão precisam ser temas cotidianos, refletidos no trabalho entregue aos clientes”, afirma Ana Meszaros, Chief Talent Officer do ecossistema.

Com o posicionamento claro de contar histórias ainda não descobertas, os diferentes profissionais se reúnem em squads multidisciplinares. “Nossos valores são determinantes para trazermos os profissionais para o ecossistema. “Além do perfil técnico, a busca por profissionais que se conectam com nossa cultura tem sido determinante para o nosso sucesso”, completa Meszaros.

Ideias com histórias genuínas impulsionam conversas espontâneas

Parte do diferencial da atuação do Untold tem se concretizado em iniciativas para marcas que partem de histórias ainda não contadas. De forma integrada, as ações são pensadas por um time multidisciplinar que coloca na mesa elementos culturais, olhares diversos e inteligência de canais para garantir que as ideias gerem conversas genuínas, seja na imprensa, nas redes sociais, entre influenciadores e comunidades de fãs. Clientes como Camil, Stix, KLM, 3M, ON, Red Bull e Netflix contam com este olhar na execução de suas campanhas.

“Criamos um modelo de atuação que coloca a história a ser contada em primeiro lugar: story first. Esta visão tem garantido que ao pensar na ideia, não fiquemos presos a um canal ou uma ferramenta de distribuição, seja por relações com a imprensa (PR),mídia paga ou marketing de influência”, explica Alice Furtado, diretora de consumo e entretenimento da ágora, responsável pela oferta de marketing de influência e impacto cultural do ecossistema.

“O pulso na cultura e nos movimentos que acontecem principalmente nas comunidades ativas nas redes sociais, permite que as ideias sejam pensadas a partir do consumidor e não interrompa as conversas de forma abrupta. Dessa forma garantimos uma maior conexão das marcas com a audiência”, conta.

Um exemplo foi a campanha da agência feita para a marca ON. Para garantir que a marca de artigos esportivos expandisse sua presença no universo de Lifestyle, a equipe identificou a oportunidade de vestir o personagem do ator Humberto Carrão na novela Vale Tudo. “De forma orgânica, foi possível encaixar a narrativa da marca à história do personagem, gerando um impacto único. E para tornar a nossa conversa ainda mais forte, trouxemos o Humberto como embaixador da marca no Brasil”, conta Alice.

Para Camil, um time integrado permite que as marcas Santa Amália e biscoitos Mabel estejam presentes nas conversas em momentos culturalmente relevantes. Foi o caso da campanha de Mabel feita para o dia das avós. O time produziu assets próprios e conteúdos únicos em parceria com influenciadores que tinham conexão real com a marca e com o momento. “A escolha dos creators e o olhar do time de PR foi essencial para que as ideias fossem pensadas de forma coletiva e genuína”, comenta Danilo Carvalho, diretor de criação da The Juju.

As campanhas para os títulos da Netflix também têm seguido a mesma fórmula. Foi o caso da série brasileira Os Donos do Jogo. Junto com o time de publicity da gigante do streaming, a equipe da agência pensou em como amplificar a narrativa do título que inaugurou o gênero de máfia no Brasil. Com um planejamento criativo de PR focado na história, conquistamos capas de jornais e revistas, espaços em podcasts, além de ativações com jornalistas e influenciadores formadores de opinião.

Alcançamos o auge com um evento icônico de lançamento da série no Jockey Clube do Rio de Janeiro, onde assinamos a lista de convidados com mais de 230 pessoas entre celebridades, influenciadores e imprensa que retrataram a cidade, seu sotaque, estilo, alegria e charme. O trabalho estratégico de contar as histórias em targets assertivos, espalhando o conteúdo em diversos momentos e criando um hype em torno de Os Donos do Jogo, contribuiu para que o título alcançasse o top 10 global de série de língua não-inglesa mais assistida por 4 semanas no serviço de streaming.

Para Stix, o time integrado de criação e PR permitiu que uma ativação no parque Villa-Lobos em São Paulo gerasse conversas além do público que esteve presente. “A ideia, integrada à estratégia de divulgação, levou a experiência além do físico, criando conversas em todos os canais”, explica Ana Clara Grana, managing director da The Juju.