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Qual o papel da inovação aberta em processos colaborativos?
Bruno Stefani, da Ambev, afirma que parcerias com startups e empreendedores fomentam o ecossistema da empresa
Qual o papel da inovação aberta em processos colaborativos?
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Victória Navarro
17 de junho de 2021 - 6h00
Potente e colaborativa. A inovação aberta permite com que profissionais troquem percepções e construam, juntos, soluções para as mais variadas questões. Para Bruno Stefani, diretor global de inovação da Ambev, esse princípio carrega o poder transformador que as conexões podem gerar. A companhia busca ideias que estimulem o consumo moderado de bebidas alcoólicas e a cultura do retornável. Ao todo, 20 projetos já conseguiram destaque, via mentoria profissional com workshops, diagnóstico e mesa técnica online. Além disso, a Ambev, conta o executivo, estabelece um ecossistema de relacionamento com 3.500 startups. Atualmente, mantém 11 programas com empresas do tipo. “Estamos certos que as parcerias com startups e pequenos empreendedores fomentam nosso ecossistema e soma às nossas experiências, ampliando visões e abrindo novas oportunidades”, diz. Com exclusividade ao Meio & Mensagem, Bruno afirma que o mercado de martechs e adtechs é bastante promissor: “Já transitamos por ele e queremos nos aprofundar mais. Embora não seja tão disseminado no Brasil, ainda, acreditamos que o público local é bastante receptivo a esse tipo de inovação”.
Meio & Mensagem – Qual o papel da inovação aberta em processos colaborativos?
Bruno Stefani – Acreditamos que a inovação aberta é potente, colaborativa e parte do princípio de que uma organização precisa estar disposta a não depender apenas de seus recursos e conhecimentos para desenvolver soluções sustentáveis para o futuro. Esse princípio carrega o poder transformador que as conexões e as ideias podem gerar. Em uma dinâmica onde as pessoas se conectam, trocam percepções e constroem juntas soluções para as mais variadas questões, com certeza os resultados serão mais efetivos.
M&M – Como a Ambev atua ao lado de startups na resolução de desafios?
Bruno – Ao longo dos últimos três anos, conseguimos um grande feito: estabelecer um ecossistema de relacionamento com 3.500 startups. Nosso primeiro grande programa nasceu em 2018 e, de lá pra cá, passamos a desenvolver soluções que possam atender diferentes áreas do nosso negócio, tais como logística, produção, desenvolvimento de novos produtos, experiência do consumidor, cadeia de suprimentos, rentabilidade, bem-estar dos colaboradores, sustentabilidade e responsabilidade social. Atualmente, mantemos 11 programas de relacionamento com startups e já conquistamos, inclusive, o primeiro lugar do Startup Awards. Estamos certos que as parcerias com startups e pequenos empreendedores fomentam nosso ecossistema e soma às nossas experiências, ampliando visões e abrindo novas oportunidades.
M&M – A Ambev tem grande parte de seu faturamento vindo de inovação. Como as marcas podem atuar, diariamente, para dar mais protagonismo à área?
Bruno – Dentro do nosso ecossistema de startups, temos uma frente dedicada, integralmente, ao desenvolvimento de novos produtos. No caso do consumidor final, nossas marcas tangibilizam parte da inovação gerada dentro da companhia. São as marcas que estão em contato direto com o consumidor, logo, são o nosso principal canal para fortalecer o protagonismo da Ambev no setor. Cada marca carrega consigo um atributo diferente e único: qualidade, saudabilidade, sabor, enfim, características que, quando somadas, fortalecem a companhia como um todo.
M&M – É uma expectativa do mercado de martechs e adtechs que a inovação gere, cada vez mais, receita. Isso já é uma realidade brasileira?
Bruno – Esse é, sem dúvida, um segmento bastante promissor. Já transitamos por ele e queremos nos aprofundar mais. Embora não seja tão disseminado no Brasil, ainda, acreditamos que o público local é bastante receptivo a esse tipo de inovação. Na Ambev, por exemplo, por meio da Ambev Tech, nosso braço de tecnologia, já desenvolvemos iniciativas nesse sentido. O assunto vem ganhando maturidade e, ao menos por enquanto, temos tentado entender um pouco melhor o seu funcionamento e potencial.
*Crédito da foto no topo: Koto Feja/iStock
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