Smart Cities: gerando inteligência e inovação a partir da borda

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Opinião

Smart Cities: gerando inteligência e inovação a partir da borda

Gerar inteligência a partir da borda é crucial para promover essa revolução tecnológica urbana

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1 de setembro de 2022 - 15h00

(Créditos: Shutterstock)

Uma cidade eficiente, conectada e sustentável. Assim é uma smart city. As cidades inteligentes são as cidades do futuro porque a tecnologia vai revolucionar as perspectivas sobre o espaço urbano. Com a expansão do 5G, a Internet das Coisas (IoT) vai se consolidar, aprimorando principalmente a mobilidade urbana e a segurança pública, trazendo benefícios como economia de tempo e facilidades para o dia a dia.

Com maior capacidade de transmissão de dados a uma latência menor, a comunicação entre as pessoas e as máquinas será mais fluida. No setor de transporte, por exemplo, sensores e equipamentos tecnológicos vão garantir a “conversa” entre carros, semáforos e até faixas de pedestre inteligentes, que conectados por meio da IoT poderão redirecionar o tráfego e evitar acidentes, deixando no passado problemas como congestionamentos e a poluição ambiental.

O planejamento da infraestrutura urbana vai dar um salto de qualidade com o desenvolvimento de aplicações e tecnologias emergentes como IoT, inteligência artificial (AI) e machine learning (LM). Os bairros se tornarão autossuficientes e haverá aprimoramento do sistema de gestão de resíduos, do fornecimento de energia e reaproveitamento da água, entre outros avanços.

A partir dos dados coletados, os gestores públicos poderão decidir melhor e adotar políticas públicas para enfrentar os desafios de forma mais eficaz, levando bem-estar real à população. O processamento mais rápido das informações será fundamental para reduzir o tempo de resposta diante das demandas relacionadas à segurança, mobilidade, saúde e preservação do meio ambiente.

As smart cities serão o principal driver do investimento em edge computing. Gerar inteligência a partir da borda é crucial para promover essa revolução tecnológica urbana. Ao redor do mundo, o edge intelligence já é aplicado em edifícios públicos para dar mais eficiência aos sistemas de iluminação e ventilação de ambientes, como em corredores de hospitais e estacionamentos subterrâneos.

Em Copenhague, na Dinamarca, o sistema semafórico prioriza o tráfego de bicicletas, utilizadas por 40% da população. Em cidades chinesas sensores alertam, com minutos de antecedência, a ocorrência de abalos sísmicos. Tudo isso graças a sensores, câmeras e sistemas com aprendizado de máquina e edge computing, que se conectam e atuam a serviço da automação e do desenvolvimento humano.

Dentro das residências, as aplicações também serão inúmeras: do uso da biometria no lugar das chaves aos sensores de presença para iluminar os ambientes. Sem falar nos eletrodomésticos inteligentes que poderão ser acionados à distância, ter função alterada e até atualizar, automaticamente, a lista digital de compras sempre que algum produto estiver abaixo do limite definido pelo usuário.

Os centros urbanos devem abrigar 70% da população mundial até 2050, segundo estimativa da ONU (Organização das Nações Unidas). Para dar conta de tanta gente e manter a harmonia nas cidades, a parceria de IoT, AI e ML com o edge computing será fundamental para modular e antecipar o consumo de recursos, as demandas e os comportamentos, criando, ao longo do tempo, uma consciência urbana digital, construída a partir do legado destas tecnologias disruptivas.

Para que estas soluções trabalhem juntas a favor da conexão dos seres humanos e da sua relação mais sustentável com o planeta, é preciso capacitar os profissionais e incentivar o alinhamento do trabalho de urbanistas com o dos desenvolvedores de soluções. Temos que planejar e investir agora para que a transformação a longo prazo seja alcançada, tanto no campo físico como tecnológico.

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