Novos tempos: games como oportunidade para marcas

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Novos tempos: games como oportunidade para marcas

Diversificação nos perfis de jogadores abre possibilidades para que empresas lidem com o setor como mais uma forma de se aproximar dos consumidores


11 de abril de 2023 - 23h52

Dos consoles ao mobile. A diversificação na maneira de estar inserido no universo dos games ampliou, principalmente diante da popularização dos aparelhos celulares, a própria conceituação do que é ser gamer na atualidade. Dessa forma, a abrangência e a nova multiplicidade dos perfis dos jogadores abrem inúmeras possibilidades para as marcas que investem no setor.

Painel sobre Games no Summit do Meio & Mensagem

Da esq. para dir.: Sabrina Romero, Bruna Pastorini e Cynthya Rodriges debateram a participação dos games nas verbas das marcas, sob a medição de Black Will (Crédito: André Valentim)

Cynthya Rodrigues, sócia da G4B; Bruna Pastorini, CSO da Druid; e Sabrina Romero, gerente sênior de marketing da Vivo, conversaram sobre o protagonismo dos games – ou a falta dele – nos investimentos das marcas durante o Summit Rio2C Meio & Mensagem, na terça-feira, 11.

Hoje, os jogos fazem parte do cotidiano de mais pessoas – entre diferentes idades, preferências e plataformas –, sendo assim, a figura do gamer não está mais atrelada aos estereótipos, defendeu Cynthya. Logo, para ela, os games perderam o status de nicho e já ocupam o mainstream.

“O gamer passa mais tempo interagindo com conteúdos gamers e isso chama a atenção de categorias que não se relacionavam com o assunto. Assim, outras marcas vão entrando e construindo seus territórios entre esse público. Tem deixado de ser nicho à medida que vai se naturalizando”, complementou Bruna.

Do ponto de vista da marca, Sabrina confirma que, na realidade atual, a comunidade gamer está muito além de um cluster, ganhando contornos muito amplos. “Três em cada quatro brasileiros são gamers, de algum tipo de jogo. Então, não dá mais para fazer um recorte, precisamos ampliar esse horizonte”, disse. A Vivo tem a área como alvo de investimentos há quase uma década.

Diante de uma marca que planeja adentrar esse território, a gerente sênior de marketing da Vivo apontou que um dos primeiros e principais cuidados é, de fato, não estereotipar os jogadores. Outro ponto, segundo ela, é ter um olhar de longo prazo, com parcerias que, de fato, entendam sobre o ambiente.

“Não dá para ser uma empresa golfinho, que aparece e some, porque é jogar dinheiro fora. Ter uma estratégia não tão agressiva, a longo prazo, entendendo os objetivos, vai ter um retorno mais sofisticado. Estou falando de Retorno Sobre Investimento (ROI) mesmo, dinheiro”, salientou Cynthya.

Saber onde pisar

O planejamento de comunicação das marcas ao se relacionarem com games não é, de acordo com a CSO da Druid, diferente de outros processos estratégicos. Por ser um campo de bastante diversidade de pessoas, é necessário “saber quem é o gamer da marca, quais as dores dele, ter cuidado para se aproximar e criar um diálogo”.

“Tem que ter um criativo direcionado para a comunidade, conectando o produto com alguma dor daquela comunidade. O público sente o cuidado da marca ao ser impactado por uma mensagem específica. Quanto mais se conecta essa mensagem ao perfil do gamer, fugindo das generalizações, mais a campanha tem resultado”, acrescentou.

Nesse contexto, Sabrina, da Vivo, ressaltou que, ao participar desse território, a companhia também tem o papel fundamental de pautar mudanças importantes. “Nós falamos muito sobre equidade salarial entre jogadoras e jogadores, por exemplo. As marcas precisam ter coragem de endereçar esses temas contemporâneos”, falou. Todos os esforços, reitera Cynthya, tornam as relações mais genuínas, com propósito.

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