De 11 a 16 de Abril | Rio de Janeiro

Rio2C

O potencial criativo da favela

Regina Casé, Preto Zezé e Zé Ricardo conversaram sobre as potencialidades da periferia


14 de abril de 2023 - 19h11

“O mais importante é ampliar a visão da sociedade sobre o que é a favela”. Assim Zé Ricardo, curador do Rock in Rio, iniciou a participação dele no painel do Rio2C sobre o potencial criativo das favelas do País. O atual presidente do Conselho Nacional da Cufa, Preto Zezé, e a atriz e apresentadora Regina Casé participaram da conversa.

Potencial das Favelas no Rio2C

Painel discutiu potencial criativo das favelas (Crédito: Divulgação/Rio2C)

Zé Ricardo, que é diretor artístico do Espaço Favela no festival carioca, defendeu que todos, sobretudo aqueles que fazem parte da indústria artística, devem trabalhar como agentes de transformação. Para ele, a valorização das favelas como “um dos principais hubs de criatividade” está diretamente relacionada à transformação das mazelas sociais existentes nesses espaços.

“Então, acho que todos nós, que vivemos um pouco esse trabalho com a favela, temos que tentar ser agentes para que a sociedade possa olhar para esse lugar de um jeito mais amplo, até porque as dificuldades não impediram o potencial criativo de brotar”, complementou.

Na carreira como apresentadora, Regina encabeçou projetos como Central da Periferia e Esquenta, programas que davam visibilidade aos talentos das periferias. Durante o painel, ela defendeu que essa criatividade tem potencial para impactar todas as áreas da sociedade.

“A potência da cultura e o jeito que as pessoas usam ferramentas, como as redes sociais, são coisas que já tinham que estar sendo estudadas e sistematizadas. Estaríamos anos à frente em tudo se o potencial da favela fosse considerado e, principalmente, ganhasse para isso. Hoje, é jogado no mundo de graça”, falou.

Inspiração

Além da necessidade de modificar os imaginários, Zezé ressaltou que também é preciso inspirar os moradores desses lugares sobre as próprias potencialidades. Dessa forma, criam-se outros caminhos possíveis de desenvolvimento. “Temos a tarefa de plantar um triplex de ambição e outras expectativas na cabeça das pessoas”, completou.

Publicidade

Compartilhe