Como a geração Z está levando o Search para novos caminhos
Em busca de consumo rápido, exigente e ágil, quase metade dos nascidos depois dos anos 2000 já usa o TikTok como ferramenta de busca.
Em busca de consumo rápido, exigente e ágil, quase metade dos nascidos depois dos anos 2000 já usa o TikTok como ferramenta de busca.
17 de março de 2023 - 17h03
Eu sempre fui uma apaixonada por mudanças e pelo poder da transformação. Então estar na SXSW 2023 vem sendo uma avalanche de emoções, surpresas e claro, insights. Entre dezenas de palestras e painéis, salas lotadas e uma multidão de cabeças pensantes, fui conferir o “Future of Search” e entender como o comportamento de buscas das pessoas está mudando com o passar dos anos.
Vivemos a era do conteúdo visual e em vídeo, e o comportamento com relação às buscas na internet não poderia ser diferente. As pessoas não querem somente links patrocinados e artigos longos, elas buscam também um conteúdo fácil de ser consumido e bastante visual. E isso tem muito a ver com o TikTok, plataforma que conquistou uma legião de fãs nos últimos anos. Os nascidos depois dos anos 2000 – a Geração Z –, por exemplo, passaram inclusive a usar o TikTok como ferramenta de busca.
E o talk sobre o futuro do Search, um bate-papo entre especialistas da área, revelou que quase metade (40%) da Geração Z já usa o TikTok para saber mais sobre uma marca e um produto. Um dado que impressiona, mas que veio para confirmar uma hipótese de quem já acompanha esse movimento antes mesmo de desembarcar em Austin.
Enquanto assistia ao painel, me propus a fazer uma rápida pesquisa no TikTok e não foi difícil comprovar que trends como #BeautyTok e #TiktokMadeMeBuyIt, verdadeiros sucessos de audiência na plataforma, já estão influenciando a maneira como consumimos beleza. Além de fazer com que produtos e tendências reproduzidos na plataforma ganhem força no mundo real. Para os que estavam na sala, a reflexão que ficou é se estamos preparados para entregar o melhor conteúdo possível para uma geração insaciável, em busca de consumo rápido, exigente e ágil.
Aparentemente, como marca e marketeiros, perdemos o controle sobre a narrativa e sobre o que aparece na primeira página. Criadores de conteúdo, influenciadores ou até “desinfluenciadores” são os atuais detentores do discurso, de uma forma tão única e proprietária que uma marca dificilmente conseguirá reproduzir. Diante desse cenário, saí da sessão com uma pergunta: seriam eles nossos adversários, aliados ou companheiros de trabalho do futuro?
É impossível saber exatamente o que o futuro nos reserva, mas como uma pessoa otimista que sou, acredito no poder transformador da tecnologia. Se soubermos fazer a leitura correta dos movimentos culturais, sociais e comportamentais que emergem, acompanhada das perguntas certas, a tecnologia pode ser a bússola que aponta para o caminho que precisamos seguir.
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