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ABA aponta diálogo difícil com Apro

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Comunicação

ABA aponta diálogo difícil com Apro

Novo procedimento para registro de obras publicitárias marca trêmulas relações entre entidades setoriais de anunciantes e produtoras


14 de fevereiro de 2013 - 8h54

Em outubro de 2011, a Associação Brasileira dos Anunciantes (ABA) rompeu com o 3o Fórum de Produção por ser contrária às posições favoráveis das produtoras “ao grande aumento das taxas de Condecine”. A leitura óbvia da situação é que a relação entre a entidade e a Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais (Apro) estava abalada. E assim parece continuar.

O choque de entidades tem um novo capítulo, com o início do procedimento digital para registro de obras publicitárias no site da Agência Nacional do Cinema (Ancine). A Instrução Normativa 95, publicada em dezembro de 2011 e que dispõe sobre o registro das obras, previa em seu texto que tal pedido deveria ser feito pela via online, algo que somente se efetivou há cerca de duas semanas, com o lançamento de um site específico.

O reflexo considerado mais importante pela Apro é a necessidade de envio de cópia da nota fiscal da produtora pelo serviço. A mudança prática, segundo Sonia Regina Piassa, diretora executiva da entidade, é que alguns anunciantes que demoravam muito tempo para efetuar o pagamento, não poderão mais fazê-lo. “A tendência é melhorar. Não está mais acontecendo de um cliente mandar uma ordem de pagamento para uma agência só depois de dois meses”, afirma. “As produtoras ficam em situação complicada porque muitos de seus fornecedores pedem pagamento em cinco dias”, relata.

Rafael Sampaio, vice-presidente executivo da ABA afirma que a entidade nunca concordou com esse tipo de situação. “Ou por ineficiência de processos, ou mesmo malandragem, alguns anunciantes demoravam muito para pagar”, conta. Mas ele faz uma ressalva: “É impossível fixarmos prazos de pagamento. Ninguém manda em ninguém. Há inúmeras produtoras que aceitam condições que até a própria ABA considera inviáveis. Mas, se elas topam, é coisa do mercado”, aponta.

A divergência de opiniões evidencia que as relações continuam estremecidas. “No fundo, o que acontece é que a ABA tem muito boa vontade, mas eles vão até onde podem ir”, diz Sonia. “Seus dirigentes entendem o problema das produtoras, mas a instituição não tem procuração de seus associados para defender questões como o modelo de negócios e prazos de pagamento”, diz.

Sampaio afirma que nem ABA nem Apro podem mandar em seus associados. “O diálogo entre as entidades está muito difícil. A Apro quer manter padrões de pagamento e contratações que não existem na prática. Eles querem voltar aos bons tempos da propaganda, que já acabaram. Os anunciantes estão em situação difícil para manter a competitividade”, afirma. Em uma coisa, os dois lados parecem concordar: levará tempo para as feridas cicatrizarem.

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