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Comunicação

América Latina afeta resultados de holdings

WPP, Omnicom, Interpublic e Havas divulgaram resultados do terceiro trimestre e região fica aquém das expectativas


26 de outubro de 2015 - 12h12

Os quatro maiores grupos de comunicação do mundo divulgaram recentemente seus resultados do terceiro trimestre e o consolidado dos nove primeiros meses do ano. Para dois deles – Omnicom e Havas – a América Latina teve impacto negativo sobre os resultados. Já o Interpublic compara apenas Estados Unidos e o mercado internacional como um todo e o WPP citou a desaceleração econômica e questões geopolíticas de Brasil e China como algo que permanece “no topo entre as preocupações para os líderes do negócio”.

No maior grupo de comunicação do mundo, o WPP, a receita em libras nos primeiros nove meses do ano cresceu 6,5% para 8,7 bilhões e em dólares americanos caiu 2,3%, ficando em US$ 13,4 bilhões; em euros, cresceu 18,9%, batendo os 12 bilhões. No período, 29,4% do faturamento líquido do grupo vieram da região definida por “Ásia-Pacífico, América Latina, África & Oriente Médio e Europas Central & Oriental”.

Já no terceiro trimestre, o WPP registrou alta de 5,9% em libras (2,9 bilhões), queda de 1,6% em dólares americanos (4,5 bilhões) e alta de 17% em euros (4 bilhões).

Segundo maior grupo, com receita de US$ 10,9 bilhões, esse valor, no entanto, representou queda de 1,3% nos resultados do Omnicom nos nove primeiros meses do ano, em relação ao período equivalente de 2014 e a receita orgânica na América Latina caiu 4,8%. No terceiro trimestre, a receita global do grupo caiu 1,1%, comparado com o mesmo período do ano passado, para US$ 3,7 bilhões. E a receita orgânica na América Latina decresceu 6,9% no período.

O Havas registrou receita de 1,5 bilhão de euros (aproximadamente US$ 1,7 bilhão), alta expressiva de 18,1% nos primeiros nove meses do ano. Na divulgação dos resultados, ressaltou que a América do Norte mais uma vez se mostrou uma potência para o grupo, gerando um crescimento orgânico de 8,5% graças, em particular a Arnold, Havas Life e Havas WW. A Europa continuou registrando performance robusta e a Ásia-Pacífico registrou progresso significativo, registrando crescimento de dois dígitos. Mas o cenário foi outro na América Latina: “Nossas agências na América Latina, por outro lado, sentiram os efeitos das tensões econômicas no Brasil e no México, no entanto, conseguiram entregar resultados positivos de crescimento nos nove primeiros meses do ano”, diz o comunicado. No terceiro trimestre, o Havas registrou crescimento de 15,7% em sua receita, que atingiu 516 milhões de euros (cerca de US$ 569 milhões); crescimento orgânico de 6%.

Yannick Bolloré, CEO do Grupo Havas, fez um agradecimento especial aos novos talentos pelos resultados obtidos: “Estamos entusiasmados com os novos taltentos que chegaram à família Havas como resultados de aquisições recentes, entre eles o Grupo FullSIX, na Europa e Estados Unidos, e a Riverorchid, no Sudeste Asiático, que estou certo de que irão reforçar o desenvolvimento do Grupo”, afirmou Bolloré.

Já o Interpublic também cresceu, ainda que a taxas mais moderadas. Nos primeiros nove meses, a receita de US$ 5,42 bilhões foi 6,5% superior ao mesmo período de 2014. Os Estados Unidos cresceram 7% e o mercado internacional, 5,9%. No terceiro trimestre, a receita orgânica do Grupo aumentou 7,1%, atingindo US$ 1,87 bilhões (e o crescimento nos Estados Unidos e mercado internacional empataram em 7,1%). Segundo Michael I. Roth, chairman e CEO do Grupo Interpublic, as contribuições para a boa performance vieram de todos os lados, de agências, ofertas de serviços, geografias e categorias de clientes diferentes, todas impulsionadas por um nível excelente de criatividade, insights e expertise digital. “Nosso comprometimento em incubar novas habilidades, desenvolver novos produtos e serviços e investir em novas tecnologias permitiu que nos mantivéssemos altamente relevantes no atual mundo digital. Isso nos dá confiança de que nossas ofertas continuarão vitais para os anunciantes, na medida em que eles buscam navegar nos cenários cada vez mais complexos do consumidor e da mídia”, afirmou Roth.

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