Cappeletti mantido na liderança criativa da Grey

Alexandre Zaghi Lemos
9 de agosto de 2013 - 5h14

Começa a operar nesta segunda-feira, 12, a nova Grey Brasil, com a mudança da equipe da New Energy para o prédio da Grey 141, no bairro do Morumbi, em São Paulo.

Em julho, o WPP resolveu unir as duas agências e entregar a administração ao Grupo Newcomm, liderado por Roberto Justus e onde já estão as operações brasileiras de Y&R, Wunderman e VML. A dupla que até então dirigia a New Energy assume o comando da Grey: Walter Longo como presidente e Sylvia Panico como COO e diretora de mídia. A agência agora soma cerca de 150 funcionários na sede em São Paulo e na filial do Rio de Janeiro.

A liderança criativa será mantida com Pedro Cappeletti, que já comandava a área na Grey 141 desde o início do ano passado. Responderão a ele os diretores de criação Mariangela Silvani e Sérgio Fonseca (egressos da New Energy) e o equatoriano Daniel Perez Pallares (contratado em fevereiro pela Grey 141).

O que restou da digital Possible — que chegou ao Brasil em 2011, quando o WPP comprou a Gringo, e entrou para o Grupo Grey em 2012 — será definitivamente absorvido pela nova Grey. Os ex-sócios da agência, André Matarazzo e Fernanda Jesus, que fundaram a Gringo em 2006, já não estavam mais na empresa (leia mais aqui sobre Matarazzo).

A nova operação nasce com a meta de encerrar o ano com 30% de crescimento e com uma carteira fortalecida pelas recentes conquistas das contas de Gillette e do banco HSBC — pela Grey global —, e da SulAmérica Seguros — que chegou via New Energy. Outros clientes são 3M, Alpargatas, Camil, Coca-Cola, GSK, Hasbro, HBO, Marriott, Paramount, Senac e Stiefel.

De acordo com Roberto Justus, CEO e sócio-fundador do Newcomm, a parceria com a rede Grey é mais um movimento dentro da estratégia de expansão do grupo controlado pelo WPP. “Ampliar a parceria com o WPP representa um reconhecimento pelo trabalho que desenvolvemos em sociedade desde 2004. E a chegada da nova agência é uma forma especial de celebrar os 15 anos do Grupo Newcomm”, afirma, em comunicado.

Colocar a Grey sob o comando do grupo liderado por Justus é mais uma tentativa do WPP de que a rede conquiste maior relevância no mercado brasileiro, onde a história da marca é talvez a mais conturbada entre as das grandes marcas globais da publicidade (confira, abaixo, os movimentos mais recentes vividos pela Grey no Brasil).

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