Comunicação
Conar pede mudança em peça da Gallo
Apesar da recomendação, Almap considera decisão positiva, já que a peça não teve intenção racista, segundo relator
Apesar da recomendação, Almap considera decisão positiva, já que a peça não teve intenção racista, segundo relator
Felipe Turlao
9 de abril de 2012 - 12h04
* Colaborou Nathalie Ursini
O Conselho de Autorregulamentação Publicitária (Conar) decidiu nesta quinta-feira, 8, que um anúncio de Azeite Gallo criado pela AlmapBBDO deverá sofrer alterações. A peça foi veiculada em outubro do ano passado para divulgar a nova embalagem escura do produto. A discórdia ocorreu em relação ao texto “Nosso azeite é rico. O vidro escuro é o segurança”.
De acordo com o voto do relator, “a peça não tem intenção racista, mas permite tal interpretação”. Por isso, decidiu, ela precisaria passar por alterações no conteúdo que pode gerar polêmica, ou seja, a frase. A maioria dos votos dos conselheiros foi favorável ao texto, que completou: “a comunicação não deve dar margem a associações equivocadas”. O anúncio faz parte de uma campanha que teve outras peças, mas apenas essa recebeu a recomendação do Conar.
A Almap já definiu que não entrará com recurso, embora pudesse fazê-lo. A agência avalia que seu grande objetivo nesta ação era provar que o anúncio não tinha intenção racista. Além disso, o anúncio já não está mais sendo veiculado. Na ocasião do lançamento da campanha, Otávio Schiavon, redator da agência, afirmou em entrevista à reportagem do Meio & Mensagem que a frase fazia uma comparação à vestimenta tradicional dos seguranças, o terno preto.
Na mesma reunião, o Conar tomou mais duas decisões desfavoráveis à operadora Tim, nas ações “Tim Liberty + 100 – Você não precisa mais do rádio e muito menos de outra conta”, e “Tim Liberty Ilimitado”, ambas alteradas por unanimidade. A empresa foi a “campeã” de decisões contrárias no Conar em processos julgados em 2011, com total de 13. A maior parte delas foi aberta não por consumidores, mas por concorrentes.
No encontro anterior, em 1º de março, o conselho havia decidido suspender a campanha da Associação Paulista de Supermercados (Apas) contra as sacolas plásticas. A ação da Plastivida Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos (Plastivida) alegava que a ação não apresentava informações claras e fontes científicas para comprovar suas posições. A Apas diz na campanha que o custo das sacolas é embutido nos preços, mas que apesar de deixarem de ser distribuídas, continuam a ser cobradas indiretamente.
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