Em Brasília, a busca por um maior envolvimento com o setor privado

Teresa Levin
27 de novembro de 2018 - 9h04

Carolina Nunes, presidente do Grupo de Mídia do Distrito Federal (Crédito: Divulgação)

A ideia é ser um elo entre agências, anunciantes e veículos, trazendo conteúdos pertinentes relacionados ao que acontece em outros mercados, mas adequando os mesmos à realidade local. Com este foco, Carolina Nunes, diretora de mídia da NBS DF, assumiu a presidência do Grupo de Mídia do Distrito Federal. Ela ocupa agora o lugar que até então era de Camilo Ponce de Leon, que continua na diretoria da entidade como vice-presidente. Com eles, também estão na diretoria da entidade os seguintes profissionais: Diego Genésio (diretor administrativo e financeiro), Anderson Cabral (diretor de assuntos técnicos e éticos), Alan Martins (diretor de eventos e relacionamento com o mercado) e Camila Rodrigues (diretora de mídia digital). Confira abaixo trechos da entrevista concedida pela executiva ao Meio & Mensagem:

Meio & Mensagem –  Qual a relevância da atuação do Grupo de Mídia no mercado de Brasília?

Carolina – O Grupo de Mídia de Brasília busca ser um elo entre as agência, anunciantes e veículos, trazendo conteúdos pertinentes de tudo que acontece nos outros mercados, e tentando adequá-los conforme as particularidades do nosso mercado. A sua atuação é importante para a integração entre esses setores, bem como para o aumento da qualificação das estratégias de mídia.

M&M – Pode antecipar os principais projetos que a nova diretoria pretende implementar?

Carolina – Queremos engajar cada vez mais os profissionais de mídia, clientes e veículos de comunicação, com conteúdo relevante e inovador, sempre buscando debater temas pertinentes com nosso mercado para um aperfeiçoamento e fortalecimento do mesmo. Além disso, vamos trabalhar para envolver cada vez mais o mercado privado/local, já que Brasília possui uma atuação forte do Governo Federal e com características distintas. Esse novo modelo de atuação tem como foco principal a integração e a qualificação, pontos essenciais para que o mercado continue evoluindo em meio ao cenário complexo de comunicação que vivenciamos atualmente.

M&M – Em sua visão, quais os principais desafios dos profissionais de mídia hoje em dia? 

Carolina –  A forma das pessoas se relacionarem vem sofrendo alterações significativas nas últimas décadas graças à conectividade. A rotina intensa da sociedade faz com que a forma de consumir conteúdo seja adaptada constantemente. As pessoas, cada vez mais, têm o poder de selecionar o tipo de programação, conteúdo que irão consumir e principalmente, o momento de ser impactado. Um dos principais desafios é interpretar as diferentes jornadas de consumo para tornar a mensagem relevante de forma criativa e impactante para o nosso público-alvo em todos os pontos de contato. Além disso, com novas tecnologias que vem surgindo, é importante estabelecer e avaliar as métricas dentro do mix de meios, sempre buscando resultados rentáveis para o plano de mídia. Torna-se essencial uma integração no processo criativo desde do início, para compreender melhor o cliente e propor soluções inovadoras e fornecer insumos para todos os departamentos, se envolvendo no negócio como um todo. Diante desse cenário, o desafio do profissional de mídia torna-se cada vez mais complexo e relevante. Em meio a tantas possibilidades de veículos, tecnologias, e métricas, as escolhas que nortearão o planejamento precisam responder claramente à necessidade de comunicação demandada, em função da evolução nos mecanismos de captação de dados que irão aferir a eficácia da estratégia de mídia.