Executivos digitais custam menos
Líderes criativos de agências tradicionais custam mais caro que executivos de agências digitais, segundo estudo norte-americano
Líderes criativos de agências tradicionais custam mais caro que executivos de agências digitais, segundo estudo norte-americano
Meio & Mensagem
9 de agosto de 2012 - 12h31
Um executivo digital sênior de uma agência nova-iorquina cobra de seus clientes, em média, US$ 350 por hora trabalhada. Criativos de mesma patente das agências tradicionais, porém, podem cobrar até o dobro disso. Esta é a conclusão de um estudo de 109 páginas realizado pela consultoria 4A, que se baseou nos valores cobrados por hora de serviço por agências.
A pesquisa mostra que, apesar de todas as teorias sobre uma possível escassez de talentos digitais no mercado de comunicação, muitos dos profissionais ligados a digital, mídias sociais e tecnologia ganham bem menos do que seus colegas de agências “tradicionais”.
Para chegar à conclusão, a 4A se baseou nas taxas de cobrança por hora trabalhada em 251 agências. Entre as participantes, estão Ogilvy, BBDO, Grey, JWT, Y&R, McCann e a Leo Burnett, além de butiques criativas como 72andSunny, CP&B, BBH, Mullen e Martin. Agências médias, digitais e de PR também foram consideradas, como SapientNitro, VML, Carat e Hill & Knowlton.
Foram considerados, também, novos cargos do universo digital. Entre eles, diretor de conteúdo, creative techonologist, desenvolvedor de mobile, blogueiro e gerente de estatísticas digitais. Nestes casos, os valores variaram de US$ 355 por hora de trabalho de um head de conteúdo a menos de US$ 200 para um desenvolvedor de mobile.
Repercussão negativa
A pesquisa atualiza informações coletadas no primeiro estudo sobre pagamento por trabalho, conduzido há três anos, e contemplou também dados sobre áreas como atendimento de contas, criação, analytics, digital, serviços de mídia e gestão de talentos. Esses dados foram analisados, posteriormente, levando-se em conta o tamanho e a localização das agências.
Quando foi publicado originalmente, em 2009, o estudo causou furor no mercado. Diversos executivos de agências norte-americanas disseram que o estudo se baseou em valores hipotéticos definidos pelas agências, e não no valor real pago pelos clientes. Muitos disseram isso para evitar represálias de clientes que, num período de recessão como aquele, já vinham apertando os cintos e diminuindo as margens de remuneração.
À época, defendeu-se também que aqueles eram valores brutos, que incluem gastos gerais – e que, portanto, não refletiam quanto chegava aos bolsos dos profissionais. Uma fonte do AdAge diz que apesar de o estudo recente da 4A servir de insight para anunciantes, reflete o quanto as agências gostariam de receber – e não o quanto elas de fato são remuneradas pelo seu trabalho.
Do Advertising Age
Compartilhe
Veja também
Britânia promove espetáculo natalino ao som de Air Fryers
Iniciativa foi desenvolvida pela Calia Y2 Propaganda e Marketing e conta com a presença do maestro João Carlos Martins
Campanhas da Semana: verão, festas e presentes
Intimus reforça importância do conforto no Verão, enquanto McDonald’s e Multishow apostam em música para se conectar com o público