Marcas de cerveja na pauta do Conar

Meio & Mensagem
22 de junho de 2015 - 9h28

Campanhas de cerveja, quase sempre, levantam discussões em função do uso de modelos bonitas e sensuais. Isso faz com que, frequentemente, o Conselho Nacional de Autorregulamentação (Conar), receba críticas relacionadas. Na última reunião do órgão, em 11 de junho, dois casos de cerveja foram julgados. O primeiro foi o da Itaipava, notificada a retirar dois cartazes publicitários de circulação por "apelo excessivo à sensualidade". O Grupo Petrópolis, dono da Itaipava, diz que acata e respeita a decisão do Conar.

Outro caso envolveu a Antarctica e a atriz Bruna Marquezine. A decisão por suspender a propaganda feita pela atriz em seu Instagram, durante o Carnaval, para a marca de cervejas Antarctica, veio quatro meses depois de que o material já tinha sido apagado. Mesmo assim, simbolicamente, o órgão decidiu por proibi-la. O caso chegou até o Conar ainda em fevereiro, um consumidor reclamou que não achava correto uma jovem de 19 anos promover marcas de cerveja em suas redes. Na ocasião, a Antarctica se antecipou e pediu para que Bruna apagasse a foto, o que aconteceu de imediato.

Na imagem com a propaganda do camarote ao fundo, Bruna escreveu: "@AntarcticaBOA Foi bom demais… Muito mais do que você imagina! Amei muito!". Atualmente como uma das protagonistas da novela "I Love Paraisópolis", Marquezine é garota-propaganda de marcas como Garnier e Mr.Cat. No carnaval deste ano, muitos artistas fizeram uso do Instagram para promover marcas e produtos. De acordo com a rede social, durante os quatro dias de folia aconteceram 127 milhões de interações pelos usuários.

Dos vinte maiores anunciantes do Brasil, dois são empresas que produzem cervejas como Ambev, que investiu R$ 529 milhões em compra de mídia no ano passado, na 6º posição do Ranking Agência e Anunciantes de Meio & Mensagem. A Cervejaria Petropolis aparece no 17º lugar, com R$ 317 milhões investidos.

Mea Culpa

No início de maio, Alan Clark, presidente da SAB Miller, dona de marcas como Coors e Imperial, disse, em entrevista ao Wall Street Journal, que as cervejeiras ainda não aprenderam a respeitar a mulher. “Precisamos reconhecer que as cervejarias, há anos, desconsideram ou insultam as mulheres” Para o presidente da SAB Miller, as mulheres tomam pouca cerveja por culpa das peças publicitárias “insultantes” e “arrogantes”.