Microsoft tenta explicar o Windows 8
Empresa investe US$ 1 bilhão em ações de lançamento do sistema operacional. Mas os anúncios estão funcionando?
Empresa investe US$ 1 bilhão em ações de lançamento do sistema operacional. Mas os anúncios estão funcionando?
Meio & Mensagem
30 de outubro de 2012 - 5h30
A Microsoft está despejando mais de US$ 1 bilhão na divulgação global de seu novo sistema operacional, mas alguns observadores da tecnologia pensam que muito desse budget massivo está indo diretamente para o ralo.
Mas a maior parte das pessoas que usam Windows 8 – que se diferencia tanto de seus predecessores que nem possui o botão “Iniciar” – precisará de educação. Ainda assim, os primeiros anúncios de TV do produto ignoram o problema; em vez disso, posicionam o Windows 8 como produto de um estilo de vida “cool”.
Analistas como Frank Gillet, da Forrester, acham que a estratégia pode retroceder quando consumidores começarem a se frustrar tentando fazer as coisas incríveis que parecem tão fáceis nos anúncios.
“Eles terão que fazer muito mais para explicá-lo”, afirma ele. “Por que não podem dizer algo como ‘Sejam pacientes conosco, estamos levando-os a um lugar melhor’? Deveriam usar mais esse tom”.
Nem a Microsoft nem a agência incumbida do desenvolvimento do conceito nos EUA, a Crispin Porter + Bogusky, falaram sobre o tema (A JWT criou anúncios na China e no Brasil, e a Wunderman agiu como o “foco da localização”.). Masm no blog corporativo da Microsoft, o chief creative officer da CP&B, Rob Reilly, escreveu: “Focamos nas experiências que o novo Windows 8 dará a todos nós. E não fomos muito literais. Não se trata de despejar características e cenários. E sim de temas como compartilhamento e conectividade, trabalhando juntos e compartilhando juntos e expressar a si mesmo”.
“A exigência do marketing é substancialmente acima de qualquer coisa que fizeram antes”, declarou Rob Enderle, do Grupo Enderle. “Eles vão ter que fazer os consumidores enxergarem as diferenças como tendências “cool”, não algo que terão que superar”.
“Você não pode falar em um anúncio de 30 segundos na TV ou em um anúncio impresso. O melhor lugar para falar sobre isso é na loja ou com tutoriais online. E a Microsoft está definitivamente sendo mais agressiva com o merchandising do produto e tendo mais presença em lojas ajudando pessoas”, opina Steve Baker, analista do grupo NPD, que acrescentou que os anúncios enquadram o sistema como algo legal, a fim de levar pessoas às lojas.
“A nova tecnologia e as novas possibilidades e a nova abordagem, acredito que pesam mais sobre qualquer confusão que ultimamente venha com isso”, afirmou Robert Passikoff, presidente da Brand Keys. “Se você quer fazer algo novo, tem que parar de fazer coisas velhas”.
Outros não têm tanta certeza. “Achei os executivos da Microsoft realmente desdenhosos quanto a isso”, declarou Gillet. Quando questionado durante conferência da Microsoft em 18 de outubro se havia confusão sobre “adaptações que os usuários terão que fazer”, Peter Klein, CFO, disse: “Não muitas. Ouço o feedback, como usuários nos acostumamos com o sistema muito rapidamente”.
Leia mais sobre a campanha aqui.
Do Advertising Age
Tradução de Isabella Lessa
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