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Comunicação

NY Festivals critica Cannes e visa inovação

Com rivalidade aflorada em relação ao concorrente, evento aposta em tecnologia e novos métodos de julgamento


30 de abril de 2013 - 2h13

(*) De Nova York

Em sua 56a edição, o New York Festivals quer buscar o perfeito equilíbrio entre a herança de seus 57 anos de história com novidades tecnológicas que facilitem o processo de julgamento e que tragam um novo padrão. No vídeo abaixo, James Smyth, CEO do International Awards Group, empresa proprietária do New York Festivals de publicidade, fala sobre as mudanças e como elas afetam o festival.

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 Smyth tem uma história peculiar e muito ligada ao mercado de festivais. Em 1973, fundou a Opt1mus, uma pós-produtora, e fez fortuna quando a vendeu em 1987. Quatro anos depois, comprou o Clio Awards – após um fiasco histórico que será explicado logo mais – e o vendeu em 1997 para a BPI Communications.

Ao assumir o cargo no New York Festivals, há nove anos, sua principal missão passou a ser o restabelecimento do evento como referência para o mercado. Há três anos, promoveu uma série de inovações com as quais espera dar o pulo do gato para ser o melhor festival do mercado. "Nossa missão não é ficarmos maiores que o Festival de Cannes, mas está claro que seremos melhores", avisa. "As novidades que estamos promovendo no processo de julgamento estão deixando os executivos de Cannes um pouco assustados e o nosso crescimento os deixa nervosos", cutuca.

 A principal mudança foi a divisão do júri entre Executive Jury, cerca de 30 jurados que fazem as avaliações no local do evento, e o Grand Jury, com quase 300 membros, que julga à distância.

Além disso, Smyth promoveu o uso de tecnologia nas sessões de julgamento. Os jurados usam um aplicativo de iPad onde dão suas notas de um a cinco para cada peça. Na mesa de controle, os técnicos do evento controlam os votos e, no caso de demora, chamam a atenção dos "atrasados", como a reportagem pode atestar nos poucos segundos em que conseguiu acesso ao julgamento.

Os métodos de avaliação, aliás, foram alvos de uma polêmica recente. Quando Cannes mudou o julgamento de Media Lions, fato anunciado neste ano, promovendo uma "final" em que apenas oito jurados escolhem a graduação dos prêmios – o festival de Nova York acusou os ingleses da Top Right Group, que gerenciam o evento na França, de copiar seu método – Cannes não se pronunciou sobre o fato.

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 Tamanho irreal

"É uma pena que festivais como esse tenham se guiado apenas pelo dinheiro. É por isso que queremos quebrar esse modelo", afirma o CEO do festival, ao analisar seus principais rivais: Cannes e Clio. "Tem festivais que sequer dão água para os rivais. Aqui, nós oferecemos todo o conforto para eles e para suas famílias. Nossa ideia é que eles aproveitem a estada cidade de Nova York, que é a capital da publicidade", cutuca Smyth.

A International Award Group é uma empresa privada sem ações negociadas em bolsa e isso a deixa com um perfil diferente em relação às empresas que precisam trazer resultados para os acionistas, como é o caso de Cannes e Clio.

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  (*) O repórter viajou a convite do The New York Festivals

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