Ogilvy corta 5% dos funcionários e dissolve equipe global de DEI
Reestruturação acontece em meio à integração da plataforma de IA WPP Open; responsabilidades em DEI estão sendo transferidas para mercados regionais e locais
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Giovana Oréfice
26 de junho de 2025 - 11h05
*Por Lindsay Rittenhouse e Ewan Larkin, do Ad Age
A Ogilvy, do WPP, está demitindo cerca de 5% de sua força de trabalho como parte de um esforço de reestruturação. A agência empregava cerca de 14 mil pessoas em 2024, de acordo com o relatório anual da holding. Isso significa que os cortes afetarão aproximadamente 700 funcionários.
(Crédito: Shutterstock)
“A Ogilvy está aprimorando sua vantagem competitiva ao otimizar nossas operações globais e integrar ainda mais o WPP Open, nossa poderosa plataforma de IA, em todas as facetas do nosso negócio”, afirmou um porta-voz da agência em um comunicado. “Essa evolução estratégica, embora exija algumas mudanças difíceis, mas vitais, visa capacitar nossas equipes, impulsionar nossa eficácia criativa e garantir que continuemos a oferecer excelência incomparável aos nossos clientes no mercado atual em rápida evolução.”
Os cortes estão sendo realizados periodicamente, e não afetam a David, afiliada à Ogilvy, conforme informou uma pessoa familiarizada com o assunto. A reestruturação ocorre em um momento em que agências do setor reduzem o corpo funcional e reorganizam suas operações, em parte devido à crescente influência da IA. Cargos em agências já estão sendo substituídos em meio ao rápido avanço da tecnologia.
Como parte da reestruturação, a Ogilvy desfez sua equipe global de diversidade, equidade e inclusão. As responsabilidades estão sendo transferidas para os mercados regionais e locais. A mudança resultou na eliminação da função de chefe global de DEI da Ogilvy. Tope Ajal, que ocupava o posto desde 2021, permanecerá na agência em caráter consultivo, segundo fontes. Ajala não quis comentar.
Alguns funcionários globais da área estão em transição para novas funções, com pelo menos um executivo agora se concentrando exclusivamente em tais esforços na América do Norte, disse.
“O compromisso da agência com a inclusão, a cultura e a diversidade de pensamento para os clientes não mudou”, afirmou o porta-voz da Ogilvy no comunicado. A mudança de uma estrutura global centralizada tem como intuito empoderar os “líderes regionais e locais de Inclusão, que continuarão recebendo apoio da equipe de Inclusão Global do WPP”.
“Dessa forma, podemos garantir que nossos programas de Inclusão e Impacto sejam adaptados à cultura e às necessidades de cada mercado”, disse o porta-voz. “Esse foco local também significa que todos em nossa rede assumem mais senso de dono e responsabilidade.”
Antes de assumir seu cargo na Ogilvy, Ajala foi líder global de DEI no WPP. Enquanto ocupava o posto na holding, ajudou a criar diversos programas que foram implementados na Ogilvy, incluindo o primeiro treinamento sobre pertencimento da holding, conversas em salas seguras e um programa de liderança para grupos sub-representados. Ajala também atuou em diversas funções de gerenciamento de projetos e marketing operacional na WPP para clientes como T-Mobile e Google, além de auxiliar em novos negócios.
Após o assassinato de George Floyd em 2020, os esforços e as funções de DEI foram amplamente considerados essenciais para a transformação do setor publicitário. Recentemente, porém, holdings de agências vêm eliminando ou consolidando cargos de diretores de DEI em meio a cortes generalizados em orçamentos e recursos dedicados à área.
O Publicis Groupe realizou cortes em suas equipes de DEI no final do ano passado, tanto em nível de holding quanto de agência. A IPG Mediabrands, do Interpublic Group, consolidou os esforços de DEI de agências individuais em sua rede em abril de 2024. Gigantes da publicidade, como WPP e Omnicom Group, retiraram referências a DEI em seus relatórios anuais.
Um executivo de DEI, demitido de uma agência holding, disse anteriormente ao Ad Age que não há mais empregos relacionados à área na publicidade e expressou o desejo de mudar de setor. “DEI está sendo despriorizado. O que aconteceu?”, indagou.
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