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Os maiores erros de executivos em 2018

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Comunicação

Os maiores erros de executivos em 2018

Antes de dizer adeus ao ano que já terminou, profissionais de comunicação revelam seus maiores erros e o que pretendem fazer de diferente em 2019


4 de janeiro de 2019 - 6h00

Do Advertising Age

Você, que achou que era chegado o momento de deixar o ano que passou para trás de vez, se enganou. O Advertising Age fez uma retrospectiva com alguns executivos da indústria, perguntando o que eles fizeram de errado em 2018 – e como planejam corrigi-los no ano que se inicia.

Jen Wong, COO do Reddit
“Uma das coisas que o Reddit poderia ter feito melhor é que quando começou a veicular anúncios, deveria ter estabelecido um produto mais robusto de assinatura de anúncios gratuitos. Para que oferecêssemos opções aos nossos usuários. Fizemos isso agora com o Reddit premium, mas deveríamos tê-lo feito antes”.

Andrew Mok, CMO do Turo
“É fácil viciar na publicidade paga – você investe e vê o investimento voltar de imediato. Estamos vendo que, muitas vezes, é mais inteligente reinvestir o orçamento extra sob a forma de incentivos de lealdade para seus clientes mais importante. O investimento não somente volta, mas será composto com o tempo. Em 2019, focaremos muito mais em recompensar nossos consumidores mais fieis”.

Caren Pasquale Seckler, vice-presidente de social commitment da Coca-Cola América do Norte
“O erro que fizemos ao longo dos anos foi uma oportunidade de custo. Estamos pensando sobre o impacto social que nossa companhia exerce pelas lentes das marcas individuais e das iniciativas. A realidade é que esta geração de consumidores está buscando o que sua companhia como um todo defende e faz em prol de um mundo melhor. No ano que começa, continuaremos a focar em nosso trabalho de compromisso social para impulsionar a marca da nossa companhia como um todo”.

Anselmo Ramos, fundador e CCO da Gut
“Seria mais fácil perguntar ‘o que você não fez de errado em 2018?’, já que 2018 foi meu primeiro ano sendo 100% independente. Pude fazer quase tudo errado e a melhor parte é que não tive que ligar para Nova York ou Londres antes de cometer esses erros. Para 2019, não quero consertar nada. Quero continuar fazendo ainda mais coisas erradas, mas mais rápido. Essa é a beleza da independência. A capacidade de ser errado”.

Marisa Thalberg, chief brand officer global da Taco Bell
“A Taco Bell é uma marca que se apresenta de maneira extrovertida, então pode ser uma surpresa admitir que temos sido muito recatados sobre todas as coisas significativas que esta marca está fazendo com comida, com nossa equipe e com o bem-estar social. Em 2019 gostaria que as pessoas conhecessem esse lado da Taco Bell”.

Tina Davis, head of global sponsorship da Cltl
“Uma coisa que fiz de ‘errado’ foi me comprometer demais com meu tempo. Com o excesso de comprometimento vem a entrega abaixo da média e isso pode causar problemas no trabalho e em casa. Como pretendo consertar isso em 2019? Gerenciando o tempo com foco e de forma realista. Equilibrar trabalho, aprendizado, brincadeiras, família, sono – e abraçar o poder positivo do ‘não’”.

Alvaro Luque, presidente e CEO da Avocados From Mexico
“Uma coisa que queremos tentar é ser melhores e ter certeza de que estamos alcançando a audiência certa quando fazemos marketing digital. O primeiro teste que fizemos por meio da Nielsen mostraram números não muito bons. Agora estamos testando campanhas e parceiros específicos ao longo do ano para garantir que estejamos acertando a audiência. Estamos começando a ver resultados nesse início de ano”.

Rob Smith, fundadora e CEO da Phluid Project
“Não fomos capazes de traduzir nossa comunidade física para o online. Consideramos essa uma prioridade em 2019. Recentemente recorremos ao site de crowdfunding Republic para arrecadar fundos e construir nossa experiência de loja online. Consertaremos isso com a transmissão via streaming de nossas celebrações e discussões em paineis, e também criando conteúdo de vídeo com a intenção de fazer com que as pessoas passem tanto tempo no site quanto passam na loja”.

Tommy Means, fundadora e CCO da Mekanism
“Falhei para mostrar agradecimento. Estou rodeado pelas pessoas mais criativas, generosas e brilhantes que já conheci. Todo dia esse pessoal aparece para trabalhar e dão o melhor de seus corações e mentes. Claro, digo obrigado, mas dizer obrigado é uma decisão consciente que requer um nível mais profundo de presença, mindfulness e otimismo. Então, em 2019, prometo mostrar mais gratidão”.

Eric Reynolds, vice-presidente executivo da Burt’s Bees
“No começo de 2018 criamos trabalhos bonitos e com propósito para a Renew Life [“Being Human Takes Guts”], mas foi ineficaz por causa da dinâmica da categoria e da falta de entendimento de qual informação os consumidores precisavam para fazer a compra. Nos inclinamos muito para o content marketing e não o suficiente para a criatividade guiada pela performance. Aprendemos com isso e estamos ajustando nossa abordagem em nossa nova campanha, que conta com influenciadores, para trazer credibilidade e ficar nas coisas mais importantes para as pessoas interessadas em probióticos”.

Matt Hofherr, CSO e co-fundador da M/H VCCP América do Norte
“Historicamente, liderar uma agência significava ouvir nossos instintos – confiar em nossos instintos. Este ano ficamos estranhamente conservadores e não contratamos além das oportunidades que sentíamos vindo. Então quando vieram fomos pegos de surpresa e tivemos de lidar com freelancers caros. No ano que vem, pretendemos estar adiante das oportunidades e contratar talentos full-time mais rápido”.

Nick Phelps, CEO da Red
“Não acertamos com nossos canais de social este ano. É tão estranho termos conseguido entregar trabalhos premiados e consistentes para nossos clientes e, ainda assim, quando se fala em representar a nós mesmos não estamos nem um pouco perto! Apenas um outro exemplo de como agências são seus próprios piores clientes. Queremos consertar isso em 2019 ao admitir o que realmente é para a gente: é nossa janela de compra para possíveis clientes. É uma outra forma para nosso desenvolvimento de marketing e negócios, não nossa história de vida e momento ‘querido diário’. Então provavelmente menos fotos dos nossos bichinhos. Para meu desapontamento”.

Bertille Toledano, CEO da BETC Paris
“Não recrutei o bastante em 2018. Não identifiquei novas fontes de talento. Penso que nossa indústria não é tão atraente como costumava ser e não atrai perfis excepcionais. Em 2019 temos que procurar talento em outro lugar, fora, nas universidades e em outras indústrias”.

Sylvain Thirache, fundador e director executive de criação da Sid Lee Paris
“É um ponto pequeno, mas crescemos consideravelmente no ano passado e descobrimos que o gerenciamento de reuniões internas em 2018 não foi adaptado para o tamanho de nossa agência. Construímos a agência ouvindo e trocando muito, mas nossa operação atípica consumiu muito o tempo das equipes. Um dos desafios de 2019 é repensar isso e manter nossos valores. Decidimos reduzir o número de reuniões e focar reuniões informais – nas escadas, durante um café ou almoço. Descobrimos que isso nos ajuda a ter discussões mais abertas, já que reuniões podem ser intimidantes. Essas horas modestas são preciosas aqui e nos permitem impulsionar a criatividade – ou ir a uma exposição de arte”.

Gilles Fichteberg, CCO e co-fundador da Rosapark
“Não somos os melhores em ‘personal branding’. Sempre achamos que o trabalho deve falar por si, mas hoje percebemos que não é suficiente ser claramente identificado pelas marcas. Precisamos mostrar nós mesmos, falar mais, mesmo que não seja a coisa mais natural. Por isso que construímos recentemente nosso PR na França e em outros países para amplificar o impacto de nosso trabalho”.

Mae Karkowski, fundador e CEO da Obviously
“Deveríamos ter contratado rápido! O marketing de influenciadores decolou em 2018”.

Dustin Callif, sócio executive da Tool América do Norte
“Somos muito transacionais em nosso pensamento. O negócio da produção treina a pensar transacionalmente de projeto em projeto. Às vezes é preciso sair deste modo e pensar maior e a longo prazo. Estou empolgado para liberar esse mindset em 2019”.

Matt McDonald, diretor executivo de criação da BBDO New York
“Cometi o erro de pensar nas notícias que não poderiam ficar mais estranhas do que ficaram em 2017. Então, para 2019, estou me preparando mentalmente para qualquer coisa, inclusive invasões extraterrestres”.

Brandon Murphy, presidente da 22squared
“Fizemos muitos pitches. Amamos o que os pitches fazem pela nossa agência – eles nos testam, nos validam e trazem à tona instintos competitivos que nos impulsionam a pensar grande. No entanto, se fizermos isso com muita frequência, eles podem nos drenar mentalmente e fisicamente. Em 2019, seremos mais seletivos em relação a quem recebe nosso pitch e a frequência com que fazemos o pitch”.

Tara Day, diretora de marca da Red Stripe (Heineken)
“Focamos em momentos maiores que tinham uma boa aderência junto ao consumidor – como os Jogos Olímpicos de Inverno e nosso apoio ao time jamaicano de bobsled – mas precisamos nos manter relevantes com os bebedores o tempo todo. Em 2019 seremos ‘always on’. A Red Stripe é sobre a festa, então aumentaremos o volume disso durante os momentos típicos – e também quando menos esperarem”.

David Shing, profeta digital da Oath
“Acho que o maior erro que cometi em 2018 foi me preocupar sobre quanto tempo passei em frente a uma tela. Em minha última checagem, havia mais de 150 apps me dizendo quanto havia sido meu tempo de tela. Tenho cerca de 350 apps no meu smartphone hoje. Em 2019 vou corrigir isso sendo mais consciente sobre o tempo que gasto. Menos sobre desmagnetização ou detox e mais sobre abraçar conscientemente as coisas que tornam o device necessário. Quero voltar para relações mais humanas”.

Sophia Amoruso, fundadora e CEO da Girlboss
“Perdi minha confiança pela maior parte do ano. Passei por muitas coisas pessoais e profissionais. Dois anos passaram desde que a maioria dessas coisas aconteceram na minha vida. Foi ótimo e libertador finalmente passar por elas e sentir a oportunidade que temos na Girl Boss e de ir em frente com isso”.

Jason Deland, sócio fundador e CEO da Anomaly
“Há muita mudança, muita disrupção que aconteceu na indústria de comunicação e marketing de maneira ampla. Sabíamos que na Anomaly… tínhamos um plano muito bom para 2018, mas como dizem eles, a urgência às vezes conduz a importância. Tivemos um tremendo ano, mas isso atrasou essencialmente algumas das mudanças sistêmicas reais e necessárias que precisavam ocorrer”.

Kamran Asghar, CEO da Crossmedia
“Deveríamos ter pulado fora de alguns pitches mais cedo. Quando seu instinto diz que não encaixa, então não encaixa. Então faremos perguntas melhores e seremos super críticos e honestos com nós mesmos. Perguntas como: esse cliente está inspirado a mudar? Valorizam a transparência?”.

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