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Mulheres, vamos à luta pelo fim do ?papai e mamãe? na hora de investir!

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Ponto de vista

Mulheres, vamos à luta pelo fim do ?papai e mamãe? na hora de investir!


13 de agosto de 2013 - 9h30

Incrível como as mulheres (nas quais me incluo) ainda precisam de um homem para chamar de “seu” na hora de investir. Pode ser um irmão, o namorado, marido, cunhado, pai etc. Mas o que chama mais a atenção é justamente a relação mal resolvida entre a mulher bem-sucedida e a gestão do seu patrimônio. Levanto essa bola porque tive o prazer de refletir sobre isso participando do Fórum Nossa Felicidade – O Verdadeiro Valor do Trabalho, do Dinheiro e da Vida Pessoal para as Mulheres, promovido na semana passada pela Editora Abril, em parceria com o HSBC. Foi um dia cheio de mulheres, homens e experiências de vida muuuito interessantes.

Incrível como conquistamos o direito de votar, de trabalhar fora, de fazer sexo livremente, de tomar pílula, de ocupar o mundo corporativo, de casar com outras mulheres, mas ainda estamos extremamente recalcadas na hora de curtir (sem culpa) a parte material de uma vida repleta de conquistas. Não estou dizendo que é para acordar todo dia e colocar o dinheiro na torradeira, mas sim de se dar o direito de fazer com que ele viabilize nossa liberdade de escolha, dando asas ao nosso desejo de empreender.

Segundo pesquisas apresentadas, a mulher “investidora” só experimenta a parte “chata” na formação do patrimônio. A frustração vem da falta de orientação financeira, de privações em nome da “economia” no orçamento, de trabalhar “feito homem” (rsrs) para ficar rica e, ao final, não desfrutar de nada disso de forma prazerosa. Então, essa coisa simples, de fazer as pazes com o dinheiro e cuidar melhor dele, precisa ser a nossa próxima revolução. Dentre as poucas mulheres que já tomam conta de sua vida financeira, o comportamento ainda é bem “papai e mamãe”: CDBs e poupanças constam tradicionalmente no portfólio das mais “espertas” em gestão de patrimônio.

Independência tem sido o nome do jogo na evolução da trajetória feminina. Então, por que na hora de fazer o dinheiro render ainda cremos cegamente que isso é coisa dos meninos? Ou, então, por que, com algum constrangimento, por aspectos sociais, religiosos, familiares e antiquados, ainda desconjuramos esse adianto para um dia a dia mais feliz? Será porque a vida toda escutamos frases como “o dinheiro não traz felicidade”, “dinheiro não é tudo na vida”, “se as mulheres não existissem, todo dinheiro do mundo não faria sentido” (frase de Onassis) e por aí vai?

Bem, minhas amigas, o fato é que está na hora de parar de adiar a nossa felicidade em função de deixar o usufruto do dinheiro para o tal futuro que nunca chega ou até para uma outra vida. Digo isso apoiada nas falas do prof. Eduardo Giannetti, que apresentou uma estatística supertriste de que a maioria das pessoas acumula patrimônio mas não desfruta. O desejo racional de ser rico está quase sempre a serviço da necessidade emocional de ser aceito.

Continuando no que foi dito por gente bacana, Liza Mundy, colunista do The Washington Post e autora do livro “O sexo mais rico” (sai no Brasil em agosto), afirmou, categoricamente, que ganhar o próprio dinheiro muda as relações pessoais, mas também aposenta definitivamente o apelido “civil death”, dado ao casamento há três décadas. Bel Pesce (deveria ser peste, ou pestinha, no melhor dos sentidos, por sua brilhante hiperatividade) desestabilizou a plateia ao afirmar que “ser mãe também é ajudar a transformar o mundo”. Outras meninas superpoderosas discorreram sobre essa estranha relação entre trabalho, gestão de patrimônio e vida pessoal: Mônica Waldvogel, Eneida Bini, Nadir Moreno e Vanessa Zoram. E, para completar o mantra, ninguém menos do que Marília Gabriela, nervosa, (acreditem!) por ser a primeira vez que ela era a palestrante e não a entrevistadora: “sou quem sou, repenso o mundo”. Ah, essas mulheres… cheias de si, donas de si, mas só se tiver planejamento financeiro… principalmente agora em que meaning is the new money

Marisa Furtado, sócia-diretora da área de inovação da Fábrica

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