Por Whopper de chocolate, Burger King é punido no Conar
Conselho interpretou que brincadeira feita pela marca no Dia da Mentira foi enganosa aos consumidores
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Bárbara Sacchitiello
14 de setembro de 2018 - 15h15
Sanduíche doce (que, na verdade, nunca foi vendido pela rede), rendeu punição à marca no Conar
Uma brincadeira feita pelo Burger King em ocasião do Dia da Mentira e da Páscoa (que, em 2018, foram celebrados em 1º de abril) não caiu bem para o Conselho de Ética do Conar. Em reunião realizada nessa quinta-feira, 13, o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária julgou e sustou o anúncio feito pela rede de fast-food na época.
No dia 29 de março – alguns dias antes da Páscoa – o Burger King postou nas redes sociais um Whopper diferente, em celebração à data – um “sanduíche doce” recheado com geleia, calda de chocolate e baunilha. Um vídeo detalhava os ingredientes da guloseima e dizia que o item estaria disponível nas lojas da marca apenas no dia 1º de abril (Dia da Mentira).
O Conar recebeu algumas reclamações de consumidores que julgaram que o anúncio feito pelo Burger King consistia em propaganda enganosa, já que a marca não disse, claramente, que o tal sanduíche não existia e que tudo se tratava de uma brincadeira pelo Dia da Mentira. O Conselho de Ética do Conar acatou os argumentos dos consumidores e decidiu pela sustação da campanha. Com isso, toda a comunicação do Whopper Chocolate não pode mais ser veiculada em qualquer mídia. O filme, no entanto, ainda está disponível na página do Burger King no Facebook. Veja:
https://www.facebook.com/BurgerKingBrasil/videos/1775275902494736/
Em recente entrevista concedida ao Meio & Mensagem, Ariel Grunkraut, diretor de marketing da BK Brasil, falou sobre a ousadia que a marca vem adotando em sua comunicação. “Atualmente, não temos o mesmo dinheiro que os concorrentes. Logo, é preciso encontrar maneiras de ser mais eficiente. Como fazer com que minha marca seja falada, entre na cultura popular, na conversa de bar. E claro que isso envolve tecnologia. Naturalmente existem riscos. A gente morre de medo, mas vai lá e faz”, disse.
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