Realidade aumentada, exacerbada!

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Realidade aumentada, exacerbada!

Quando assuntos polêmicos bipolares, como política, vêm a tona nas redes sociais, muitas pessoas não se controlam


14 de novembro de 2014 - 2h38

* Por Fábio Saad e Fabiana Manfredi

Não, não estamos nos referindo a tecnologia de realidade aumentada, mas ao comportamento exacerbado das pessoas nas redes sociais, principalmente quando assuntos polêmicos bipolares vêm a tona, como política.

Da noite para o dia, pessoas equilibradas e educadas clusterizam-se em grupos do pró ou do contra, como se não existisse um meio termo, uma discussão de ideias.

Quase uma invasão de irracionalidade e impaciência toma a cena nas redes sociais, tornando-a insuportável, a ponto de termos que ocular velhos amigos em nossas timelines.

Dá para tirar alguma lição desse comportamento para o nosso negócio da propaganda? Há paralelos com a propaganda?

Infelizmente, sim.

O remarketing exagerado que alguns players de e-commerce realizam, por exemplo, é pior que um amigo falando de política de maneira desenfreada. Este, pelo menos, é seu amigo! Marcas utilizam fórmulas de sucesso na obtenção de altos retornos sobre o investimento, como o remarketing, como se não houvesse amanhã; e o amanhã sempre vem, a má experiência com aquela marca fica guardada na memória e as pessoas simplesmente ocultam aquela marca de sua “timeline”.

E a atuação das marcas, nas próprias redes sociais? Este é um ambiente para se relacionar com pessoas, assumindo uma persona? Ou talvez apenas mais um canal de mídia, onde marcas têm que assumir um papel comercial?

Há espaço para as duas atuações. Marcas que decidam criar conteúdo de qualidade, pertinentes com seu propósito e personalidade, devem partir para uma estratégia “mais conteúdo, menos propaganda”. Qual seria então a frequência ideal de contato com as pessoas? Isto depende de quão atrativo seja o conteúdo, não há regras. Só não dá para ser como seu amigo chato falando de política. A marca não pode assumir uma postura radical, impaciente, unilateral.

E quando não houver conteúdo interessante, de qualidade, para compartilhar com ninguém? Devemos abandonar as redes sociais? Não! Vamos usá-las com plataforma de mídia. Não há ambiente mais rico em possibilidades de segmentação que as redes sociais.

Mas por favor, não vamos abusar do remarketing por lá, não pega bem!

A riqueza de nossa contribuição como profissionais de mídia é saber entender o momento certo para abordar uma pessoa, da maneira certa, com a frequência que seja ideal (não só para a marca, mas para as pessoas também!). Sabendo desenhar este storytelling, utilizando tantas telas e meios quanto forem necessários, marcas serão muito mais efetivas na conquista das pessoas.

* Fábio Saad e Fabiana Manfredi são heads de mídia da McGarryBowen  

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