Só existe inovação com diversidade, diz Jean Lin

Felipe Turlao
14 de agosto de 2015 - 8h10

Jean Lin começou sua carreira na agência Ogilvy de Taipei, em 1993, como diretora de contas. Ao sair, lançou a agência Wwwins, que se expandiu para outros mercados no país. A empresa foi comprada pela Isobar em 2004 e hoje tem 280 funcionários. O sucesso alçou a executiva a cargos de liderança, até se tornar CEO global da rede no ano passado.

O feito profissional mistura duas características raras no mercado, pois nem mulheres nem chineses costumam ocupar postos de liderança nas redes de publicidade. Mas é justamente nessa diferença que reside a capacidade de inovar, segundo argumenta Jean.

“É fato que há menos mulheres em cargos de liderança e nunca se discutiu tanto sobre por que isso está acontecendo e formas de mudar a situação”, analisa a executiva, que presidiu o júri de Cyber Lions no Festival de Cannes – o evento teve como uma de suas principais discussões neste ano o empoderamento feminino.

Mas, para Jean, a desigualdade de gêneros é apenas uma parte do problema de um mercado acostumado com profissionais do mesmo perfil. “Essa bandeira precisa ser enfrentada e afirmo isso não porque sou mulher. Minha crença é que apenas em um ambiente com diversidade é possível criar a verdadeira inovação. A indústria precisa se empenhar em criar um ambiente mais interessante, com diferentes perfis profissionais. As mulheres acabam sendo a parte mais óbvia disso, porque elas representam metade da população. Mas a questão é mais ampla e precisamos encarar a diversidade em todas suas expressões de maneira mais urgente”, argumenta.

Leia entrevista completa com Jean Lin na edição semanal de Meio & Mensagem, disponível para download nas versões para iOS e Android.